terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Militares brasileiros retornam à Antártica

Conforme noticiado pelo periódico Correio Braziliense, quase um ano após o incêndio que destruiu a estação brasileira Comandante Ferraz na Antártica, em 25/02/12, militares retornam ao continente. Em 12/01/13, foi concluído o processo de desmonte e retirada dos escombros da base anterior e, recentemente, os militares iniciaram a instalação dos módulos antárticos emergenciais (MAEs), que poderão abrigar de 10 a 15 homens durante o próximo inverno no continente. Para evitar a interrupção dos estudos científicos em andamento, a Marinha montou uma grande operação logística na Antártica: a Operação Antártica XXXI (Operantar XXXI), que conta com 190 militares e cinco embarcações — o navio polar Almirante Maximiano, o navio de apoio oceanográfico Ary Rongel e o navio de socorro submarino Felinto Perry, da Marinha; o navio de apoio logístico Ara San Blas, da Marinha Argentina; e o navio mercante Germania, fretado para apoiar o desmonte da Estação Comandante Ferraz e a instalação dos MAEs. A operação permitiu que cerca de 200 cientistas, revezando em grupos de 25, prosseguissem com as pesquisas e que o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) não fosse interrompido. Os estudos foram realizados a bordo dos navios da Marinha e no módulo especializado Citosfera 1, licalizado em uma área mais profunda da Antártica, a 2,5 mil km da estação. Segundo o Correio, a nova instalação será construída no mesmo local da anterior, na Península Keller, porém, com uma área de 3 mil metros quadrados, e não de 2,6 mil, como era anteriormente. Com exceção dos tanques de combustível, que ficaram intactos, todas as edificações serão reconstruídas ou substituídas. O projeto da nova base será feito por meio de um concurso da Marinha em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). De acordo com o comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto, a reconstrução deverá custar em torno de R$ 100 milhões e será inspirada em uma estação recém construída pela Espanha, que custou cerca de R$ 108 milhões. Além disso, a Marinha garante que o projeto terá a segurança como sua prioridade e que o projeto contará com um sistema para fuga em situações de emergência, segurança das operações de combate ao incêndio e minimização de danos. Devido ao período restrito de verão antártico, que dura cerca de 4 meses a partir de novembro de cada ano, a construção da nova estação deverá ser concluída entre 2014 e 2015.  (Correio Braziliense – 05/02/13)

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