terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Aeronave russa pode utilizar radar brasileiro


De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o avião russo Yak-130 pode receber o radar brasileiro Scipio-oi que é produzido pela Mectron, empresa subsidiária da Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT). O radar já é utilizado nos caças F-5M e A-i AMX da Força Aérea Brasileira (FAB) e a empresa Irkut, fabricante do Yak-130, ficou interessada pelo equipamento pelo fato de ser compacto e operar de modo variado, realizando busca, rastreamento, localização de avião tanque, procura sobre o mar, mapeamento, telemetria e com capacidade de identificar até oito alvos simultaneamente. A negociação contextualiza-se na parceria firmada entre Brasil e Rússia em dezembro de 2012 que prevê o fornecimento, por parte do governo russo, de três baterias do sistema de defesa antiaérea Pantsir –S1, duas baterias do míssil de porte individual Igla S/9K38 e a criação de uma joint venture que produzirá essa arma no Brasil através de uma associação entre Avibras, Embraer e Odebrecht, possibilitando transferência tecnológica. Neste caso, a empresa russa responsável é a KBP e o projeto foi montado pelo general José Carlos De Nardi, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, que ressaltou a transferência de tecnologia russa ao Brasil. No dia 21/02/13, os periódicos Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e Estado afirmaram que um acordo de cooperação entre o Brasil e a Rússia foi assinado no dia 20/02/013, formalizando a intenção da compra das baterias Pantsir-S1 e de unidades do Igla. A Folha acrescentou que cada bateria Pantsir-S1 pode ultrapassar o valor de R$ 600 milhões. O Correio destacou que as baterias terão a capacidade de proteger a cidade do Rio de Janeiro durante as Olimpíadas de 2016 e que a fabricação na Rússia poderá ser iniciada em até três meses, enquanto a participação brasileira será incialmente composta pela fabricação de itens mais simples, podendo, em alguns anos, envolver peças mais sofisticadas. O Estado evidenciou que a negociação das baterias com a Rússia pode envolver cerca de US$ 1 bilhão. O jornal ainda mencionou que cada bateria Pantsir é composta por seis carretas lançadoras, veículos de apoio, radar de detecção e unidade meteorológica. Cada uma das Forças receberá uma bateria. Alguns componentes do Pantsir poderão ser fabricados no Brasil, podendo reduzir os valores finais em até 30%. Segundo Nardi, será iniciado o período de discussão para redução dos preços. A negociação dos modelos Igla S/9K38 envolverá duas baterias, sendo estas mais modernas e resistentes à interferência eletrônica de despistamento do que as versões anteriores. (Correio Brasiliense – 21/02/2013; Folha de S. Paulo – Poder – 21/02/2013; O Estado de S. Paulo – Economia e Negócios - 16/02/2013; O Estado de S. Paulo – Economia – 21/02/2013;) 

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