domingo, 15 de abril de 2012

Comissão da Verdade terá auxílio de comitês estaduais

Segundo o periódico Correio Braziliense, nove representantes de comitês estaduais civis, que investigam a partir de uma perspectiva local os abusos cometidos durante o período de regime militar (1964-1985), se reuniram no dia 23/03/12 na Câmara dos Deputados em uma oficina para discutir formas de contribuição para a Comissão da Verdade. O evento foi organizado pelo Comitê pela Verdade, Memória e Justiça do Distrito Federal, e promovido pelo Centro Internacional de Justiça Transicional (ICTJ), uma organização dedicada à atribuição de responsabilidade por atrocidades e abusos dos direitos humanos. A Secretaria dos Direitos Humanos já mapeou 23 comitês desse tipo existentes no Brasil. Segundo o sociólogo Eduardo González, que já ajudou na criação de comissões em outros países, o auxílio dos comitês estaduais à Comissão da Verdade é fundamental, uma vez que o tempo para desenvolver seus trabalhos é de apenas dois anos, segundo determinado pela sua lei de criação, e o período a ser investigado é de 42 anos (1946-1988). Em entrevista publicada no Correio, no dia 29/03/12, González, mencionou que o poder civil deve acreditar na democracia vigente, mobilizar-se e pressionar para que haja um eficiente trabalho da Comissão. Destacou ainda que o governo deve auxiliar os trabalhos com recursos humanos e organização e que as investigações não devem focar-se apenas nas ações dos torturadores, mas nos mandantes de tais atos. (Correio Braziliense – Política – 24/03/12 – Correio Braziliense – Política – 29/03/12)

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