Em
coluna opinativa para o jornal Folha de S. Paulo, Flavio Flores da Cunha
Bierrenbach, ministro aposentado do Superior Tribunal Militar e ex-procurador
do estado de São Paulo, defendeu a anistia como forma de reconciliação. O ex-ministro
debateu acerca da divisão de opiniões sobre os acontecimentos
políticos-militares de 1964 e afirmou que o objetivo essencial das Comissões da
Verdade em países que superaram ditaduras seria a reconciliação, a qual
exigiria o estabelecimento de um projeto de convivência e o conhecimento da
história, a fim de não repeti-la. No Brasil, no entanto, a Comissão Nacional da
Verdade teve seu tempo prorrogado e foi acusada de parcialidade ao expor casos
de perseguição política e penal. Para Bierrenbach, a Marinha, o Exército e a
Força Aérea, instituições permanentes e regulares, não torturaram ninguém, pois
“quem torturou foi a ditadura”. O ex-procurador destacou que os agentes da
ditadura, fossem eles civis ou militares, foram criminosos comuns. (Folha de S.
Paulo – Opinião – 18/02/14)
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