terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Agentes do regime militar foram acusados por atentado no Rio de Janeiro em 1981

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, seis agentes do regime militar (1964-1985) foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de participação no atentado do Riocentro em 1981, na cidade do Rio de Janeiro. Dentre os suspeitos estão: os generais reformados Nilton Cerqueira, Newton Cruz e Edson de Sá Rocha; o major reformado Divany Carvalho Barros; o coronel reformado Wilson Machado e o ex-delegado Cláudio Guerra. Segundo o jornal, procuradores disseram ter localizado provas que justificariam a abertura de uma ação penal, sendo esta a terceira investigação do caso. De acordo com a Folha, o atentado teria sido uma tentativa de culpar grupos de esquerda pelo tumulto causado em um show que reuniu mais de 20 mil pessoas no Rio, a fim de pressionar o regime militar a abortar o processo de abertura política. O plano não funcionou e uma bomba explodiu no colo do sargento Guilherme do Rosário. Segundo os procuradores, Cruz admitiu saber previamente do atentado. O MPF pede que os acusados sejam condenados a penas de ao menos 36 anos de prisão. Segundo O Estado de S. Paulo, o MPF no Rio de Janeiro solicitou que a Justiça Federal cobre do Exército as informações sobre as fichas funcionais dos oficiais investigados e, se houver recusa, que emita um mandato de busca e apreensão para a obtenção de tais documentos. Os procuradores criticam o Exército por sua “recusa sistemática” no fornecimento das informações requisitadas. O MPF também pediu que o Superior Tribunal Militar disponibilize na íntegra os dois Inquéritos Policiais Militares (IPMs) que apuraram o caso, em 1981 e em 1999. O Estado informou que a “Justiça poderá aceitar ou rejeitar a acusação formal ou pedir mais informações aos procuradores”.  (Folha de S. Paulo – Poder – 18/02/14; O Estado de S. Paulo – Política – 19/02/14)

Nenhum comentário:

Postar um comentário