terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Colunas opinativas analisam cinquentenário da tomada de poder em 1964

O periódico O Estado de S. Paulo publicou, no dia 19/02/14, duas colunas opinativas que versam sobre o cinquentenário da tomada do poder pelos militares, em 1964. Marco Antonio Villa, professor de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), relembrou o cenário político, econômico e social do Brasil às vésperas do golpe. Para o historiador, a ascensão dos militares em 1964 trouxe consigo o autoritarismo e a negação da democracia, fenômenos que rondavam o país há muitos anos: “tanto os setores conservadores como os chamados progressistas transformaram a democracia num obstáculo à solução dos graves problemas nacionais, especialmente nos momentos de crise política. Como se a ampla discussão dos problemas fosse um entrave à ação”. Para Villa, o foco do debate atual deveria estar nos sindicatos, no movimento estudantil e nos apoiadores intelectuais e da Igreja, não na luta armada – que, para ele, não passou de ações isoladas e sem apoio popular. O professor encerrou a coluna afirmando que “temos de refutar as versões falaciosas. Romper o círculo de ferro construído, ainda em 1964, pelos adversários da democracia, tanto à esquerda como à direita”. Sobre o mesmo tema, o ex-general-Chefe do Estado-Maior de Defesa, general Rômulo Bini Pereira, afirmou que as instaurações das Comissões da Verdade visam “levantar em fatos que vão repercutir na opinião pública com uma visão num só sentido”, denegrindo o fato histórico. O general fez um balanço negativo quanto aos cinco governos civis no pós-regime militar, alegando que “os três Poderes da República, base de todo regime democrático, vivem hoje momentos sensíveis e preocupantes”. Para Pereira, as Forças Armadas são a instituição de maior credibilidade no Brasil, devido a sua eficiência, responsabilidade e, sobretudo, “aos valores morais que são cultivados em todos os seus escalões”. O general finalizou a coluna alegando que a “Revolução Democrática de 1964” jamais será esquecida e será sempre uma “árvore boa”. (O Estado de S. Paulo – Espaço Aberto – 19/02/14)


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