De
acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, dados fornecidos pelo Ministério da
Defesa indicam que a Organização das Nações Unidas (ONU) reembolsou pouco mais
de um terço dos gastos do Brasil com a Missão das Nações Unidas para
Estabilização do Haiti (Minustah). De acordo com a pasta da Defesa, a ONU pagou
tudo o que devia ao país em relação à operação no Haiti até o fim do terceiro
trimestre de 2013, sendo os eventuais atrasos relacionados a processos
bancários. Segundo o levantamento da Defesa, a missão teve seu ápice de gastos
em 2010, quando um terremoto atingiu o país caribenho. Na época, foi enviada
ajuda humanitária e houve a instalação do 2º Batalhão de Infantaria (Brabat 2)
no Haiti. Com o objetivo de “restaurar a ordem após um período de insurgência e
tumulto que se seguiu à queda do presidente Jean-Bertrand Aristide”, as tropas
da Minustah, sob o comando do Brasil, enfrentaram grupos armados. Em relação à
garantia da segurança, o governo brasileiro avalia a operação como bem
sucedida, ao desmantelar gangues e retomar áreas dominadas, acumulando
conhecimento que pode ser aplicado às favelas do Rio de Janeiro. O jornal
destacou ações de pequeno alcance que tiveram grande impacto local, como obras
e organização de serviços públicos e a iniciativa do governo haitiano para a
criação de subsídios que permitam que as crianças pobres tenham acesso às
escolas. Segundo Renata Giannini, pesquisadora e doutora em Estudos
Internacionais pela Old Dominium University (Estados Unidos), o Brasil procura
aumentar seu papel internacional por meio da participação em ações da ONU, a
fim de pleitear um lugar permanente no Conselho de Segurança (CS). A
pesquisadora destacou que o Brasil também atua na assistência humanitária e nos
trabalhos de engenharia de rápido impacto no Haiti. Conforme uma fonte do
governo ouvida pelo jornal, o Brasil está reduzindo seu contingente no Haiti,
conforme determinações e calendário estabelecidos pelo CS. (O Estado de S.
Paulo – Política – 09/12/13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário