sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Jornal avaliou participação brasileira no Haiti

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, dados fornecidos pelo Ministério da Defesa indicam que a Organização das Nações Unidas (ONU) reembolsou pouco mais de um terço dos gastos do Brasil com a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah). De acordo com a pasta da Defesa, a ONU pagou tudo o que devia ao país em relação à operação no Haiti até o fim do terceiro trimestre de 2013, sendo os eventuais atrasos relacionados a processos bancários. Segundo o levantamento da Defesa, a missão teve seu ápice de gastos em 2010, quando um terremoto atingiu o país caribenho. Na época, foi enviada ajuda humanitária e houve a instalação do 2º Batalhão de Infantaria (Brabat 2) no Haiti. Com o objetivo de “restaurar a ordem após um período de insurgência e tumulto que se seguiu à queda do presidente Jean-Bertrand Aristide”, as tropas da Minustah, sob o comando do Brasil, enfrentaram grupos armados. Em relação à garantia da segurança, o governo brasileiro avalia a operação como bem sucedida, ao desmantelar gangues e retomar áreas dominadas, acumulando conhecimento que pode ser aplicado às favelas do Rio de Janeiro. O jornal destacou ações de pequeno alcance que tiveram grande impacto local, como obras e organização de serviços públicos e a iniciativa do governo haitiano para a criação de subsídios que permitam que as crianças pobres tenham acesso às escolas. Segundo Renata Giannini, pesquisadora e doutora em Estudos Internacionais pela Old Dominium University (Estados Unidos), o Brasil procura aumentar seu papel internacional por meio da participação em ações da ONU, a fim de pleitear um lugar permanente no Conselho de Segurança (CS). A pesquisadora destacou que o Brasil também atua na assistência humanitária e nos trabalhos de engenharia de rápido impacto no Haiti. Conforme uma fonte do governo ouvida pelo jornal, o Brasil está reduzindo seu contingente no Haiti, conforme determinações e calendário estabelecidos pelo CS. (O Estado de S. Paulo – Política – 09/12/13)

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