Em
coluna opinativa para o jornal Folha de S. Paulo, o professor da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) e sociólogo Marcelo Ridenti ressaltou que há uma
tendência marcante no país em tratar pessoas públicas ora como vilões, ora como
heroínas. Ridenti sugeriu que isso seria fruto de um sistema que se repete em
produzir “corruptos e corruptores em série”. Como um dos exemplos, o sociólogo
apontou a exumação do corpo do ex-presidente da República João Goulart e as
homenagens que lhe foram prestadas em Brasília. Para Ridenti, o ex-presidente
teve momentos de celebração e de linchamento político, dependendo da conjuntura
e da correlação de forças políticas. O professor indicou a época da transição
democrática e do lançamento do filme “Jango” como momentos de celebração da
figura pública de Goulart. Por outro lado, após a tomada de poder pelos
militares (1964), o ex-presidente foi alvo de acusações de incompetência,
corrupção e conivência com comunistas, de um lado, e de ser um latifundiário
incapaz de liderar a resistência, de outro. (Folha de S. Paulo – Opinião –
02/12/13)
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