Segundo
o jornal O Estado de S. Paulo, os testes de voo do avião cargueiro e
reabastecedor KC-390 ocorrerão no primeiro semestre de 2015. Com corpo de 35
metros, o avião é visto pela divisão de Defesa e Segurança da Empresa
Brasileira de Aeronáutica (Embraer Defesa e Segurança) como um modelo que
suprirá a demanda internacional. Segundo Luiz Carlos Aguiar, presidente da
companhia, nos próximos dez anos, 700 aeronaves da categoria serão
comercializadas no mundo por um montante aproximado de US$ 50 bilhões; Aguilar
acredita que o modelo brasileiro corresponderá a 15% desses valores, cerca de 105 unidades. O projeto do KC-390, que
está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da presidência da
República, já possui custo de R$ 4,9 bilhões até o momento de construção dos
dois protótipos de desenvolvimento, sendo que a propriedade intelectual é da
Força Aérea Brasileira (FAB). De acordo com o Ministério da Defesa, ao longo de
12 anos, a etapa de encomendas poderá alcançar
mais de R$ 3 bilhões, uma vez que o programa já carrega 60 cartas de
intenção de compra emitidas por seis países: “Brasil (28 jatos), Colômbia (12),
Chile (6), Argentina (6), Portugal (6) e República Tcheca (2)”. Segundo o
jornal, em comparação com seu principal concorrente, o Hércules C-130J da
estadunidense Lockheed-Martin, o KC-390 leva vantagem na maioria dos aspectos,
podendo voar até 860 quilômetros por hora, a 10,5 mil metros e a um custo bem
menor. O Estado ainda acrescentou que a unidade possui preço pouco superior a
US$ 80 milhões, carregando tecnologia de última geração. O modelo da Embraer,
conforme o jornal, possibilita a operação em pistas não pavimentadas e sem
acabamento, além das turbinas V-2500, produzidas pela estadunidense
International Aero Engines, não estarem sujeitas à sucção de detritos. Segundo
um piloto de alto nível da FAB, o KC-390 na Aeronáutica é de grande importância
devido ao seu valor estratégico, pois com ele “a aviação militar do País será
capaz de se manter no ar, em quaisquer condições, com aeronaves de
abastecimento, de ataque, transporte e inteligência, todas de projeto e
fabricação próprios”. De acordo com o jornal, o modelo é parte de um acordo
entre a Embraer Defesa e Segurança e a estadunidense Boeing e envolve o
compartilhamento de conhecimento tecnológico e avaliação conjunta de mercados.
(O Estado de S. Paulo – Economia – 24/11/13)
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