Segundo
o jornal Folha de S. Paulo, membros do grupo Tortura Nunca Mais descobriram
bilhetes escritos à mão por membros do Departamento de Ordem Política e Social
(Dops) do estado da Guanabara, atual cidade do Rio de Janeiro, que solicitavam
a inclusão de informações falsas no relatório sobre a prisão do engenheiro Raul
Amaro Nin Ferreira, morto após tortura durante o regime militar (1964-1985).
Entre as falsas informações encontradas no levantamento de documentos estaria
um pedido do coronel Gastão Fernandez, na época diretor da unidade do Dops,
para a inclusão no relatório de que Ferreira teria reagido e provocado
confronto, de forma a justificar as marcas de tortura no corpo do engenheiro.
Outro ponto que foi solicitado para compor o relatório final foi a informação
de que o pai de Ferreira teria informado a localização da casa de seu filho,
entretanto a família contesta essa informação. Segundo o jornal, tal
procedimento visava ocultar o verdadeiro informante. A Folha ainda mencionou
que Ferreira foi preso em agosto de 1971, apontado pelo Serviço Nacional de
Informações (SNI) como membro do grupo Movimento Revolucionário 8 de Outubro
(MR-8), que participou da luta armada contra o regime militar. (Folha de S.
Paulo – Política – 07/12/13)
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