quarta-feira, 24 de junho de 2015

Jornalista relatou experiência durante regime militar chileno

Em coluna opinativa para o periódico Folha de S. Paulo, o colunista Clóvis Rossi relatou sua experiência ao acompanhar os pais de brasileiros que, durante o exílio, foram torturados no Estádio Nacional de Santiago do Chile, utilizado como prisão durante o regime militar chileno (1973-1990). Segundo Rossi, “os militares não apenas torturavam os presos, mas martirizavam também seus parentes”. O colunista citou a morte do brasileiro Vânio José de Matos, ex-capitão da Polícia Militar de São Paulo e militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), como obra do descaso dos militares para com os presos e das condições do ambiente. O jornalista ainda afirmou que, apesar de militares brasileiros terem participado dos episódios de tortura no Estádio, o Brasil ainda não prestou contas a respeito de sua participação nas violações de direitos humanos praticadas no Chile. O Estádio inaugurou, em 2014, um memorial localizado no corredor de acesso à saída 8, onde era possível que os presos vissem e fossem vistos de relance por seus familiares. Entretanto, Rossi afirmou que, tanto o Chile quanto o Brasil necessitam “encontrar uma forma de ir adiante sem que isso signifique perdoar ou esquecer", frase que o jornalista e escritor mexicano Alberto Lati utilizou para explicitar sua opinião quanto ao memorial. (Folha de S. Paulo – Mundo – 15/06/15)

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