quarta-feira, 10 de junho de 2015

Coluna opinativa faz balanço sobre o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras

Em coluna opinativa para o periódico O Estado de S. Paulo, Denis Lerrer Rosenfield, professor de filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), destacou a importância estratégico-militar do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), desenvolvido pelo Exército brasileiro em conjunto com a Savis, empresa do grupo Embraer, Defesa & Segurança. O projeto, considerado prioritário no quesito defesa nacional, visa monitorar 16.886 km de fronteira em uma área de 2.553.000 km², abrangendo 588 municípios e 11 Estados, com o objetivo de combater o crime organizado e evitar atividades ilegais de contrabando através da disseminação eficaz de informações, o que permitiria rapidez na “tomada de decisões para deflagrar ações de defesa e de prevenção de delitos”. Segundo Rosenfield, o Sisfron, além de ser “um instrumento poderoso de desenvolvimento econômico-social, propiciando um salto tecnológico na defesa militar de nossas fronteiras”, serve para reafirmar a soberania nacional por ser um equipamento idealizado estrategicamente pelo Estado e por empresas brasileiras, integrando diversos outros órgãos, como “a Polícia Federal, a Receita Federal, a Política Rodoviária Federal, as polícias estaduais, civis e militares, o Ibama, a Embrapa e as Secretarias da Agricultura, entre outros”. O professor ainda afirmou que uma maior eficiência na defesa nacional resultaria na elevação da arrecadação tributária, na contração da criminalidade, no aumento de empregos, na consolidação de empresas e na ampliação da segurança pública. Entretanto, o projeto enfrenta problemas quanto ao contingenciamento público, não obtendo os recursos necessários para sua finalização, o que inviabilizará o estabelecimento do projeto-piloto, como afirmou o seu responsável, o general Rui Yutaka Matsuda. O presidente da Savis, Marcus Tollendal advertiu quanto ao risco de o contingenciamento ser um entrave aos investimentos empresarias devido ao cenário incerto. (O Estado de S. Paulo – Espaço Aberto – 01/06/15; O Estado de S. Paulo – Notas e Informações – 01/06/15)

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