Em coluna opinativa
para o periódico Correio Braziliense, a coordenadora do Programa de
Consolidação da Paz do Instituto Igarapé, Eduarda Hamann, analisou o papel
brasileiro nas operações de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) devido
ao Dia Internacional dos peacekeepers, comemorado no em 29/05/15. Para isso,
Hamann remontou o processo histórico que levou o Brasil a ser um participante
proeminente de 50 das 69 missões de paz autorizadas pelo Conselho de Segurança
da ONU. Além disso, a coordenadora analisou a transformação no papel dos
peacekeepers, influenciada pelas mudanças na natureza do confronto armado e pelas
chamadas novas ameaças. Hamann destacou a Missão das Nações Unidas para a
Estabilização do Haiti (Minustah) como a mais importante intervenção pacífica
brasileira, tanto em termos diplomáticos, reforçando a liderança regional do
país e também seu papel de destaque na operação, quanto no desenvolvimento de
“novas técnicas, táticas e procedimentos” para facilitar a pacificação.
Entretanto, a coordenadora declarou que, apesar de ser um participante efetivo
nas missões de paz, as tropas brasileiras correspondem a apenas 1,63% do total
de militares e policiais ligados à organização. Ademais, a contribuição
econômica do Brasil para o “fundo das operações de paz da ONU” corresponde a
apenas 0,6% do total. Por fim, reconheceu a necessidade de discutir-se a participação
feminina nas Forças Armadas e nas missões de paz, além de afirmar ser
primordial um melhor gerenciamento dos policiais envolvidos em missões de paz
da ONU. (Correio Braziliense – Opinião – 08/06/15)
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