quarta-feira, 17 de junho de 2015

Brasil negocia o pagamento dos 36 caças Gripen para a Suécia

De acordo com os periódicos Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, o governo brasileiro negociou com o governo sueco uma redução no montante dos recursos repassados para financiar a compra dos caças Gripen da empresa sueca Saab. A estimativa inicial era o repasse de R$ 1 bilhão em 2015, porém, após a negociação, o valor baixou para R$ 200 milhões. Os demais R$ 800 milhões deverão ser repassados ao longo dos próximos anos. Segundo o ministro da Defesa, Jaques Wagner, tal negociação decorre da necessidade de revisão dos orçamentos, após a decisão do governo de contingenciar R$ 69,9 bilhões do orçamento geral. Segundo o ministro, a redução não vai interferir no cronograma de aquisição das aeronaves suecas, visto que o projeto ainda está em sua fase inicial. Também deverá ser mantida a ida de 250 engenheiros brasileiros para a Suécia em agosto de 2015. De acordo com os periódicos, houve um encontro entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o ministro da Indústria da Suécia, Mikael Damberg. Na negociação, Levy insistiu na redução das taxas de juros fixadas no contrato de compra dos 36 caças. O ministro da Fazenda pediu uma revisão dos termos do contrato assinado em outubro de 2014. No entanto, segundo O Estado, os suecos não estão dispostos a rever os juros, pois este tipo de alteração não consta no contrato. De acordo com Wagner, tal negociação não trará nenhum prejuízo às partes. Em entrevista ao jornal O Estado, o diretor da Saab no Brasil, Bengt Janér, comentou as dificuldades de qualquer tipo de alteração no contrato, e informou que “no ato da assinatura do acordo comercial os juros estabelecidos foram congelados”. Para Janér, a discussão é que o Brasil quer baixar ainda mais as taxas. Segundo o periódico, a princípio, está mantido o prazo de entrega do primeiro dos 36 aviões para 2019, completando dez no fim de 2021, para que se forme um esquadrão e eles comecem a operar. A previsão de entrega do último caça é para 2024. (Correio Braziliense – Política – 11/06/15; O Estado de S. Paulo – Política – 11/06/15)

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