De acordo com o
jornal O Estado de S. Paulo, o orçamento do Ministério da Defesa sofrerá corte
de 24,8% no valor de R$22,6 bilhões originalmente fixado na Lei Orçamentária
Anual. Segundo o periódico, “na prática, significa redução para R$17 bilhões e
o contingenciamento, uma espécie de congelamento, de R$ 5,6 bilhões que podem
vir a ser liberados se houver dinheiro”. A proposta original do setor econômico
previa cortes acima de 50% e havia o temor de que os programas de modernização
das Forças Armadas fossem comprometidos, especialmente o Programa de
Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), o desenvolvimento do avião cargueiro
KC-390 e a encomenda de 36 caças modelo Gripen NG sob regime de transferência
de tecnologia. No início de maio, no entanto, o ministro da Defesa, Jaques
Wagner, interveio para que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, considerasse “a
sensibilidade da tomada de decisões no campo da Defesa”. Dentre os argumentos,
Wagner apontou que a paralisação dos compromissos implicaria em altas multas
contratuais e destacou o prejuízo para o conhecimento tecnológico,
exemplificando que o Prosub movimenta cerca de 50 setores diferentes de
indústria. Além disso, o ministro da Defesa destacou o Sistema Integrado de
Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que consiste em blindagem de 17 mil
quilômetros de fronteiras com o uso de sensores, radares e bases operacionais e
de inteligência, o qual gerará 5 mil empregos durante 10 anos, absorvendo ainda
atividade de 15 mil militares. A secretária-geral da Defesa, Eva Chiavon,
reuniu-se com equipes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para definir o
valor do contingenciamento e os cortes. Os recursos de contratação de serviços,
despesas cotidianas e concessões diárias foram limitados a R$1,1 bilhão até o
final de 2015, sendo que o ajuste prevê variações da quota percentual, e a meta
geral foi mantida em 24,8%. (O Estado de S. Paulo – Política – 06/06/2015)
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