quarta-feira, 10 de junho de 2015

General Leônidas Pires Gonçalves, primeiro ministro do Exército após o fim do regime militar (1964-1985) faleceu aos 94 anos

Segundo os periódicos Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, o general da reserva Leônidas Pires Gonçalves faleceu no dia 04/06/15. De acordo com o Correio, Gonçalves nasceu na cidade de Cruz Alta, estado do Rio Grande do Sul, graduou-se como aspirante na Escola Militar do Realengo, na cidade do Rio de Janeiro em 1942, participando da Segunda Guerra Mundial como um dos 2 mil militares que defenderam o litoral sul do Brasil; e no golpe militar em 1964 servia no Estado-Maior do Exército sob o comando do general Humberto Castello Branco. Segundo o Estado, o general foi o primeiro ministro do Exército após o fim do regime militar (1964-1985), sendo escolhido pessoalmente pelo ex-presidente da República Tancredo Neves em 1985. Em nota, o ex-presidente da República, José Sarney relatou que a participação do general na transição democrática foi decisiva e a ele se deve grande parte da extinção do militarismo – “a agregação do poder militar ao poder político”. Segundo Folha, não houve registro de articulação golpista relevante em 1985, mesmo que alguns historiadores atribuam ao general o papel de garantidor da posse do ex-presidente Sarney após a morte do ex-presidente Neves. De acordo com O Estado, em 2012, Gonçalves foi um dos militares a se manifestar contra a instalação da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que investigou violações aos direitos humanos cometidos durante o regime militar. Em entrevista ao jornal, Gonçalves relatou que mesmo que o discurso fosse da não punição com a CNV, houve a promoção da maior punição ao Exército por ter seu conceito abalado injustamente. (Correio Braziliense – Política – 05/06/15; Folha de S. Paulo – Poder – 05/06/15; O Estado de S. Paulo – Política – 05/06/15)

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