terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Embraer pode fechar acordo com Força Aérea estadunidense

Segundo o periódico O Estado de S. Paulo, a Embraer Defesa e Segurança negocia um acordo com a Força Aérea dos Estados Unidos para o fornecimento de até 20 aeronaves modelo Super Tucano. Na licitação para o programa Light Attack Air Suport (LAS), a empresa brasileira tornou-se concorrente única após a exclusão da empresa estadunidense Hawker Beechcraft do processo. A seu favor, a Embraer Defesa e Segurança tem uma parceria com a corporação Sierra Nevada, para produção do Super Tucano em Jacksonville, Flórida. Porém, a empresa brasileira está sendo investigada por possível descumprimento de leis contra a prática de corrupção no exterior. A decisão final sobre a compra dos caças cabe ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos, e estima-se que seja anunciada no início de 2012. Ainda de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, do dia 25/11/11, a empresa Hawker Beechcraft pretende rever a decisão que a retirou da concorrência para a venda das aeronaves. Junto ao pedido de revisão irá também o lobby político do estado do Kansas e mais outros 19 estados estadunidenses envolvidos na fabricação de sua aeronave, sob argumento que 1,4 mil empregos serão transferidos para o Brasil. Na tentativa da Hawker Beechcraft de rever a decisão, a empresa também está direcionando uma série de ataques ao Brasil por meio da divulgação de informações como um artigo publicado pelo site de notícias Redstate, sobre as relações do Brasil e o Irã das quais decorreram a aquisição de aviões Tucano, da Embraer, pelas forças de segurança iraniana, e ainda a aproximação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva com o Irã no campo nuclear. A venda de 20 aeronaves para a Força Aérea estadunidense representaria para a Embraer o início de um negócio que pode chegar a US$ 950 bilhões, pois deve ser incluído no contrato a aquisição de mais 30 aeronaves, segundo o jornal americano The Wichita Eagle. De acordo com o colunista Roberto Godoy, do Estado, o governo brasileiro precisa ajudar a Embraer Defesa e Segurança para que esta tenha a chance de receber o contrato da venda dos Super Tucano, pois além do valor que está envolvido, o produto brasileiro receberia a chancela do Pentágono. Segundo Godoy, a discussão sobre o tema tem duas vertentes. A primeira exige que as aeronaves sejam feitas em solo americano, e neste caso o local seria o estado americano da Flórida, onde a Embraer tem um centro industrial. A segunda é a licitação do programa F-X2, da Força Aérea Brasileira (FAB), para a aquisição de 36 caças avançados e que tem como finalistas as empresas estadunidense Boeing, a sueca Gripen e a francesa Dassault. Apesar da qualidade do produto ofertado pela Boeing, esta esbarra na transferência de tecnologia, o que é fundamental para a decisão da FAB. (O Estado de S. Paulo – Negócios – 24/11/11; O Estado de S. Paulo – Negócios – 25/11/11)

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