Em coluna opinativa
para o jornal O Estado de S. Paulo, Denis Lerrer Rosenfield, professor de
filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), discorreu sobre
o exercício legítimo da soberania nacional, levando em conta as delimitações
impostas pelas fronteiras de um país, como o caso da Amazônia, o que pode ser
considerado como sinônimo “de uma política nacional de defesa”. Como posição
brasileira em defesa de seu patrimônio nacional, Rosenfield citou o caso
recente relacionado à Operação Ágata, cuja função é proteger a região
fronteiriça, que flagrou barcos paraguaios contrabandeando produtos para dentro
do território brasileiro. O Paraguai parece acreditar, segundo Rosenfield, que
“teria o direito de contrabandear produtos para o Brasil”, e que, segundo
divulgado em nota, essa operação seria uma suposta intervenção brasileira em
seu território. Apesar da posição paraguaia, o professor de filosofia afirmou
que, caso o Brasil fosse complacente com esta ocorrência, estaria legitimando
uma prática que prejudicaria a indústria nacional e causaria danos tanto sociais
quanto econômicos em seu território. Rosenfield referiu-se, ainda, à questão do
Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), projeto eletrônico
de defesa, elaborado pelo Exército, que tem como objetivo monitorar toda a
região fronteiriça nacional, o que limitaria o contrabando e o tráfico e,
ainda, monitoraria o meio-ambiente. Entretanto, esse projeto sofreu cortes em
seu orçamento, o que Rosenfield considerou uma “visão imediatista”, ponderando
sobre a relevância do projeto e os fundos que este obteria, promovendo empregos
e diminuindo a criminalidade na região. (O Estado de S. Paulo – Espaço Aberto –
10/08/15)
Nenhum comentário:
Postar um comentário