quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Almirante da reserva foi acusado na Operação Lava Jato

De acordo com os periódicos Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, no dia 28/07/15 a Polícia Federal prendeu, em caráter temporário, o almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva, acusado por procuradores da Operação Lava Jato de receber propina quando era presidente da Eletrobras Eletronuclear, durante o ano de 2005. Segundo os jornais, as investigações da Operação Lava Jato foram estendidas ao setor elétrico devido à suspeita de que os desvios encontrados na empresa Petróleo Brasileiro S.A (Petrobras) poderiam estar sendo reproduzidos em obras desse setor, como a da usina nuclear Angra 3. O almirante, afastado da Marinha desde o ano de 1994, liderou diversos projetos nucleares, sendo considerado referência internacional na área nuclear. O Estado informou ainda que Pinheiro da Silva recebeu propina para garantir que o consórcio Angramon, formado pelas empreiteiras Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Odebrecht, Techint, MPE, Camargo Corrêa e UTC, fosse o vencedor da licitação para a construção de Angra 3. Segundo o jornal, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, declarou que os crimes cometidos pelo almirante não podem ser considerados crimes militares, uma vez que seu afastamento da Marinha ocorreu antes que Pinheiro da Silva cometesse os crimes. A suspeita do envolvimento do militar resultou da delação premiada do executivo Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente da empresa Camargo Corrêa. De acordo com a Folha, o almirante, que se encontra preso no quartel do Comando da 5ª Região Militar, na cidade de Curitiba, no estado do Paraná, recebeu parte da propina no mês de dezembro de 2014, data em que as investigações da Operação Lava Jato já estavam em andamento. (Folha de S. Paulo – Poder – 29/07/15; Folha de S. Paulo – Poder – 30/07/15; O Estado de S. Paulo – Política – 29/07/15)

Um comentário:

  1. Que papelão Almirante Othon Pinheiro !
    Vergonha para a família Pinheiro de Sumidouro/RJ, descendentes de Barões e Viscondes.
    Meu falecido avô, que era seu tio-avô (General Langleberto Pinheiro Soares) sempre teve você como referência ímpar de inteligência e capacidade.
    Esperamos de verdade que tudo isso tenha sido um lamentável equívoco.

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