Em coluna opinativa
para o jornal Folha de S. Paulo, Margarida Genevois, Marco Antônio Rodrigues
Barbosa e Marcia Jaime, respectivamente ex-presidentes e ex-vice-presidente da
Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, expressaram apreensão em relação
a um grupo minoritário a favor da intervenção militar que aderiu às
manifestações contra o governo da presidenta da República, Dilma Rousseff, que
vêm difundindo-se pelo país. O motivo dessa preocupação respalda-se nas
perseguições que os opositores ao regime militar (1964-1985) sofreram e nas
“violações dos direitos individuais” ocorridas na época. Segundo Genevois,
Rodrigues e Jaime, os grupos necessitam delimitar claramente os seus objetivos
e suas demandas para desassociar as reivindicações a favor da intervenção
militar, que constituem “verdadeira afronta ao regime democrático”, das que
almejam a “defesa da democracia e da luta contra a corrupção”. Os autores
ressaltaram que, apesar de haver motivos para que as manifestações sejam
valorizadas, o destaque deve ser dado ao “aperfeiçoamento democrático” e à
“necessária responsabilidade política”, que influenciam no julgamento
consciente e na capacidade de reflexão e escolhas dos cidadãos. (Folha de S.
Paulo – Opinião – 27/04/15)
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