domingo, 31 de maio de 2015

Contingenciamento do governo federal prejudica Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras

Breno Fortes/CB/D.A Press. Correio Braziliense, 26/05/15. Militares no centro de comando do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras: testes em andamento.

Segundo o periódico Correio Braziliense, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que tem como objetivo monitorar mais de 16 mil quilômetros de fronteiras através da utilização de radares, aviões controlados remotamente e outros equipamentos, desenvolvido pelo Exército desde 2012, está ameaçado em decorrência dos contínuos contingenciamentos do orçamento por parte do governo federal. Em 2012, na fase piloto do projeto, com orçamento de R$ 1,5 bilhão, testou-se a eficiência do sistema, voltando-se ao trecho da fronteira do Brasil com o Paraguai, no estado do Mato Grosso do Sul. A previsão era que o Sisfron fosse concluído até o final de 2015, mas a fase inicial foi atrasada e poderá ser inviabilizada caso os repasses sejam diminuídos. O projeto foi elaborado com um orçamento de R$ 12 bilhões, a serem recebidos durante 10 anos. O general e comandante da 4º Brigada de Cavalaria Mecanizada da cidade de Dourados, no estado do Mato Grosso do Sul, Rui Yytaka Matsuda, afirmou que “de 60% a 70% do sistema foram implantados, mas não há previsão para a conclusão do projeto, pela insegurança orçamentária”. O jornal afirmou que a empresa responsável pelo projeto, Savis Tecnologia e Sistemas S.A., tem arcado com os custos adicionais provocados pelo atraso, mas que o presidente da empresa, Marcus Tollendal, declarou que os problemas orçamentários podem tornar o Sisfron inviável. Tollendal afirmou que o desenvolvimento do sistema de monitoramento necessita de um aporte de cerca de R$ 1 bilhão anualmente, mas o general Matsuda declarou que o valor repassado corresponde a menos de um terço do total. Em 2015, o Congresso aprovou o repasse de R$ 495 milhões, mas um decreto anunciado no dia 22/05/15 previu o repasse de apenas R$ 285 milhões, quantia “longe do necessário” de acordo com Matsuda, que afirmou que “o contingenciamento vai afetar a continuidade do programa”. Segundo o Correio, o Exército tem realocado para o projeto parte de seu próprio orçamento e já gastou cerca de R$ 400 milhões. (Correio Braziliense – Brasil – 26/05/15)

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