De acordo com o
jornal Correio Braziliense, morreu na
madrugada do dia 20/09/12, Maria Rosa Leite Monteiro, mãe de Honestino Guimarães,
líder estudantil desaparecido em 10/10/73, no estado do Rio de Janeiro.
Guimarães era estudante de geologia na Universidade de Brasília (UNB) quando
foi preso durante o regime militar (1964-1985) e seu corpo nunca foi
encontrado. Monteiro nunca desistiu de buscar notícias do filho e sua saga foi
relatada no livro “Honestino, o bom da amizade é a não cobrança”, publicado em
2004. Segundo o jornal, o livro foi um dos primeiros documentos a relatar o
sofrimento dos familiares de presos políticos desaparecidos, além dos registros
sobre o período militar brasileiro. De acordo com o Correio, em 2010, a Justiça Federal do Rio de Janeiro reconheceu
oficialmente a culpa dos governos militares pelo desaparecimento de Guimarães e
determinou à União o pagamento de indenização a família. Para o senador
Cristovam Buarque, a morte de Monteiro é uma perda irreparável; porém, serve de
motivação extra para o trabalho das comissões que apuram as violações de
direitos humanos ocorridas durante o regime militar, tal qual a Comissão
Memória e Verdade Anísio Teixeira, instalada na UNB, e a Comissão Nacional da
Verdade. (Correio Braziliense – Cidades - 21/09/12)
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