quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Consórcio Tepro é selecionado pelo Exército para o Sisfron

De acordo com o jornal Correio Braziliense, o consórcio Tepro, formado pelas empresas Savis Tecnologia e Sistemas S/A e OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A, companhias controladas pela divisão de Defesa e Segurança da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), foi o único eleito pelo Exército Brasileiro para o processo de seleção do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). O desenlace da licitação criou um incômodo na cúpula do Exército e entre as outras empresas do setor, as quais questionam a dependência em relação a apenas um fornecedor de tecnologia, originário dos Estados Unidos da América, visto a contradição em relação à denominada estratégia nacional de defesa. O jornal O Estado de S. Paulo apontou que a escolha da Embraer para a execução da primeira fase do Sisfron, que colocará a cobertura dos radares na fronteira com o Paraguai, e enviará os dados para o comando do Exército na capital federal, Brasília, é “a aposta mais audaciosa já feita pelo Exército nesta direção”. Apesar da empresa não ter apresentado um dos menores preços, sua pontuação técnica foi o grande destaque, o que levou a Embraer a ganhar das empresas concorrentes, a Synergy, a Odebrecht, a Queiroz Galvão e a OAS. Em nota ao periódico, sobre a escolha, o Exército afirmou que “as exigências dos Índices de Conteúdo Nacional estão coerentes com os princípios da Estratégia Nacional de Defesa e da Lei 12.598/2012, que priorizam o fomento da indústria nacional de defesa e a geração de emprego e renda no País”. Na avaliação do Estado, o emblema da nova política da Embraer é o perfil da OrbiSat, fabricante de radares comprada pela empresa no ano de 2011, que “desenvolveu radares para o Exército, capazes de ‘enxergar’ debaixo das copas de árvores da Amazônia” e agora fornece à Força onze radares antiaéreos e seis comandos de operação de artilharia antiaérea. O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, afirmou que “não vamos apenas produzir no Brasil, vamos desenvolver no Brasil” e "nosso diferencial decisivo é o desenvolvimento de tecnologia nacional, além do preço". Segundo o Estado, a visão de Aguiar mostra que “as concorrentes europeias e americanas, premidas pelos cortes nos gastos de seus governos mergulhados na crise econômica, buscam mercados como o brasileiro com preços muito altos para tentar cobrir os altos investimentos que fizeram. E encaram o Brasil apenas como mercado, não como plataforma de exportação”. (Correio Braziliense – Brasília-DF – 15/09/12; O Estado de S. Paulo – Economia – 16/09/12)

Nenhum comentário:

Postar um comentário