quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Empresas concorrentes na licitação dos caças do Projeto FX-2 investem em bolsas de estudo

O periódico Folha de S. Paulo noticiou que as empresas que participam da última etapa da licitação para a compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), o Projeto FX-2, procuram estreitar seus laços com o governo brasileiro investindo no programa de bolsas para alunos de graduação e pós-graduação Ciência Sem Fronteiras. A estadunidense Boeing, a francesa Dassault e a sueca Saab, que permanecem na espera de uma decisão do governo brasileiro desde o final da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, passaram a investir em bolsas de estudo e atrair pesquisadores brasileiros para o exterior. As concessões estão diretamente ligadas à oferta das empresas para conseguir emplacar um vencedor para a licitação que escolherá o fornecedor de 36 caças para a FAB. O programa Ciência Sem Fronteiras já implementou 5.978 bolsas até julho deste ano, o que representa 6% da previsão final do programa. De acordo com o jornal, a Saab selecionou cerca de nove estudantes de pós-graduação para fazer especialização na Suécia e anunciou que pretende oferecer bolsas para mais 100 estudantes. A Boeing patrocinou a ida de 14 estudantes para os Estados Unidos para especialização na área e pediu ao governo uma lista com os estudantes de Engenharia Aeronáutica e Aeroespacial inscritos no Ciência Sem Fronteiras, afirmando pretender repetir o intercâmbio em 2013. O representante do consócio Rafale, da francesa Dassault, Jean Marc Merialdo, afirmou auxiliar o governo francês com a concessão de bolsas e garantiu que esse número tende a ”aumentar exponencialmente, tanto para o intercâmbio de estudantes e estágios em empresas francesas quanto para pesquisa e desenvolvimento", caso o caça francês seja o escolhido. As empresas não revelaram o montante investido em bolsas. (Folha de S. Paulo – Poder -10/09/12)

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