O periódico Folha
de S. Paulo noticiou que as empresas que participam da última etapa da
licitação para a compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), o Projeto
FX-2, procuram estreitar seus laços com o governo brasileiro investindo no
programa de bolsas para alunos de graduação e pós-graduação Ciência Sem
Fronteiras. A estadunidense Boeing, a francesa Dassault e a sueca Saab, que
permanecem na espera de uma decisão do governo brasileiro desde o final da
presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, passaram a investir em bolsas de
estudo e atrair pesquisadores brasileiros para o exterior. As concessões estão
diretamente ligadas à oferta das empresas para conseguir emplacar um vencedor
para a licitação que escolherá o fornecedor de 36 caças para a FAB. O programa Ciência
Sem Fronteiras já implementou 5.978 bolsas até julho deste ano, o que representa
6% da previsão final do programa. De acordo com o jornal, a Saab selecionou
cerca de nove estudantes de pós-graduação para fazer especialização na Suécia e
anunciou que pretende oferecer bolsas para mais 100 estudantes. A Boeing
patrocinou a ida de 14 estudantes para os Estados Unidos para especialização na
área e pediu ao governo uma lista com os estudantes de Engenharia Aeronáutica e
Aeroespacial inscritos no Ciência Sem Fronteiras, afirmando pretender repetir o
intercâmbio em 2013. O representante do consócio Rafale, da francesa Dassault,
Jean Marc Merialdo, afirmou auxiliar o governo francês com a concessão de
bolsas e garantiu que esse número tende a ”aumentar exponencialmente, tanto
para o intercâmbio de estudantes e estágios em empresas francesas quanto para
pesquisa e desenvolvimento", caso o caça francês seja o escolhido. As
empresas não revelaram o montante investido em bolsas. (Folha de S. Paulo –
Poder -10/09/12)
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