quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Órgãos públicos investigam possíveis irregularidades em obras sob controle do Exército

De acordo com o jornal Correio Braziliense, a Procuradoria de Justiça Militar, o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União investigam possíveis crimes cometidos pelos Batalhões de Engenharia do Exército nas obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Dentre as denúncias estão o furto de materiais de construção, favorecimento de empresas, direcionamento de licitações e atrasos nas obras. Ao todo, na função de empreiteira, o Exército recebe mais de R$ 2 bilhões e dispõe de, no mínimo, 2,7 mil militares para trabalharem nessas construções, que são  construção e/ou modernização de rodovias, aeroportos e no Projeto da Transposição do Rio São Francisco. Em relação às rodovias, ocorreram prováveis atividades ilícitas nas obras da BR 101, na região Nordeste e na BR 163, entre os estados do Mato Grosso  e Pará . As denúncias variam entre furtos nas construções até sobrepreço de serviços.  A Procuradoria de Justiça Militar em Recife e Tribunal de Contas da União (TCU) foram as instituições que apontaram essas duas atividades ilícitas, respectivamente. O TCU ainda encontrou irregularidades na obra do São Francisco e acusou a  sobrevalorização na compra de materiais e contratos na edificação de um aeroporto no estado do Rio Grande do Norte , no qual atua o 1º batalhão do Exército. Outra irregularidade ocorreu no Instituto Militar de Engenharia (IME), localizado na cidade do Rio de Janeiro. Segundo acusação do Ministério Público Militar,  um coronel e um major do Exército lideraram um conjunto de relações ilegais entre o IME, empresas do setor, o Departamento de Engenharia e Construção e o   Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O Centro de Comunicação Social do Exército negou qualquer ato criminoso que possa ter sido cometido por militares. Todavia, a assessoria de imprensa militar, o TCU e o aparato de investigação do Exército analisaram “problemas de execução” em determinadas construções. Atualmente, com o fim de evitar novos atos irregulares, o Centro de Inteligência do Ministério Público Militar, localizado na cidade de Brasília, trabalha na eficácia investigativa e na prevenção desses crimes. (Correio Braziliense – Política – 25/07/11)

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