domingo, 14 de agosto de 2011

Ministério da Defesa IIl: jornais discorrem sobre atuação de Nelson Jobim no ministério da Defesa

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a saída  de Nelson Jobim do Ministério da Defesa pode dificultar o programa de reorganização, reequipamento e requalificação das Forças Armadas , além da consolidação do parque industrial nacional de material militar, pois até o novo ministro se atualizar sobre os temas o seu andamento ficará atrasado. Outro temor se refere ao descontingenciamento de parte dos recursos financeiros congelados em janeiro de 2011 e o orçamento previsto para 2012pois em junho de 2011Jobim havia se comprometido com a presidente da República, Dilma Rousseff, que dez projetos do ministério da Defesa seriam considerados prioritários e, portanto, não sofreriam cortes orçamentários, para isso seriam enviados a presidente relatórios mensais sobre cada empreendimento. Dentre estes dez projetos estão o desenvolvimento de submarinos, a obtenção de navios de superfície e de patrulha oceânica, a produção de novos blindados Guarani e dos helicópteros Super Cougar, a execução do cargueiro KC-390 da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e o recebimento dos aviões de patrulha P-3AM. Além disso, as Forças Armadas receberam a determinação de apressar as especificações da primeira fase das redes de proteção das fronteiras, do mar e do espaço aéreo.  Segundo o jornal Folha de S. Paulo, em seu editorial, Jobim foi o ministro civil da Defesa mais eficiente no trato com os militares, uma vez que sua autoridade sempre foi reconhecida pelos subordinados.  Em virtude de seu engajamento junto aos  mesmos conseguiu estabelecer um programa de reaparelhamento das Forças e a criação da Estratégia Nacional de Defesa. Sua maior conquista foi também administrar a resistência dos militares ao reexame democrático do período da ditadura militar (1964-1985), conseguindo fazê-los aceitar a necessidade da criação da Comissão da Verdade, desde que a Lei da Anistia (1979) não fosse revista. A jornalista Eliane Cantanhêde, em coluna de opinião da Folha, destacou que Jobim ”consolidou o Ministério da Defesa e garantiu tranquilidade numa área sensível”, e que colocou “ordem na casa” quando esta se encontrava no momento da crise aérea. Além disso, recompôs os princípios de hierarquia, venceu as resistências fardadas à Defesa e a ele próprio, entre todas as outras conquista supracitadas. Assim como Cantanhêde, o jornalista Igor Gielow também enfatizou as conquistas de Jobim frente ao ministério,  porém  destacou que questões como a crise aérea, a criação da Comissão da Verdade e a modernização das Forças Armadas não foram completamente solucionadas, especialmente o congelamento da compra dos caças do projeto FX-2 para Força Aérea Brasileira. (Folha de S. Paulo – Opinião – 05/08/11; Folha de S. Paulo – Poder – 05/08/11; O Estado de S. Paulo – Nacional – 05/08/11)

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