De
acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Rosimeire dos Santos Silva, líder da
antiga comunidade Quilombo Rio dos Macacos, na cidade de Salvador, no estado da
Bahia, afirmou se sentir desprotegida diante de ameaças provenientes da
Marinha. Silva afirmou que não pensa em pedir proteção ao Estado, pois
"como o governo vai dar proteção se é ele que manda matar? A gente não
confia". Segundo o jornal, o único acesso ao quilombo passa por uma vila
militar da Marinha e, portanto, os militares controlam quem entra e quem sai da
comunidade. De acordo com Silva, os advogados que defendem a comunidade e os
médicos são proibidos de chegar até o local pelos militares. A Folha afirmou
que, em janeiro de 2014, Silva e seu irmão foram agredidos por militares e que
o quilombo solicitou a construção de uma estrada que permita o acesso a
comunidade por outro local. O Ministério da Defesa afirmou que a Marinha
realizou um inquérito policial militar sobre o caso, o qual foi enviado em
março para a Justiça Militar da União, sendo que a essa cabe a “adoção das
providências cabíveis”. Segundo o Ministério, as obras para construção de uma
nova estrada de acesso ao quilombo, com verba disponível de R$ 500 mil, foram
suspensas pela Justiça Federal da Bahia, mas que "a União interpôs agravo
contra essa decisão no Tribunal Federal da 1ª Região, o qual está pendente de
julgamento". A Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República
afirmou que a situação dos habitantes da comunidade é acompanhada na região
pelo governo da Bahia. (Folha de S. Paulo – Poder – 18/10/14)
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