Segundo
os periódicos Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a
presidenta da República, Dilma Rousseff, anunciou, no dia 07/01/15, através de
nota da Secretaria de Imprensa da Presidência, os novos comandantes de Marinha,
Exército e Aeronáutica. De acordo com os jornais, o almirante-de-esquadra
Eduardo Bacellar Leal Ferreira, até então comandante da Escola Superior de
Guerra, assumiu como novo comandante da Marinha; o general-de-exército Eduardo
Dias da Costa Villas Bôas, do Comando de Operações Terrestres (Coter), foi
nomeado comoo novo comandante do Exército e o tenente-brigadeiro-do-ar Nivaldo
Luiz Rossato, comandante-geral das Operações Aéreas, é o novo comandante da
Aeronáutica. Segundo a nota, Rousseff agradeceu a dedicação e a competência dos
três comandantes que deixaram os cargos: o almirante Julio Soares de Moura
Neto, da Marinha; o general Enzo Martins Peri, do Exército; e o brigadeiro
Juniti Saito, da Aeronáutica. Segundo o Correio, Rousseff recebeu no Palácio do
Planalto, na capital federal Brasília, os novos comandantes em agenda com o
ministro da Defesa, Jaques Wagner. De acordo com os periódicos, os
ex-comandantes estavam no cargo desde o ano de 2007. O Estado afirmou que
Rousseff e Wagner optaram por militares com perfis conciliadores para o comando
das três Forças, pois os escolhidos ingressaram nas Forças Armadas após a
tomada de poder pelos militares de 1964 e não participaram dos casos de
violações dos direitos humanos que a discussão da Comissão Nacional da Verdade
trouxe novamente à tona. Ainda segundo o jornal, os novos comandantes contam com
um orçamento de R$ 124 bilhões que se dividirão em planos e programas de
reequipamento, modernização e qualificação das Forças Armadas. O desafio
estaria na tentativa de obter do governo federal provimento financeiro,
superação de contingenciamentos e fazer a gestão de caixa após sucessivos
cortes orçamentários. De acordo com O Estado, haverá dificuldades na manutenção
de todas as prioridades, alguns programas não podem ser interrompidos e as
operações de grande envergadura nos pontos extremos do território brasileiro
precisam ser mantidas. Ainda segundo a Folha, o presidente do Clube Militar,
Gilberto Pimentel, afirmou o general Villas Bôas, “é brilhante, uma unanimidade
[no Exército]” e um grande amigo. Para
Pimentel, “a presidente não poderia ter escolhido melhor". E ao ser
questionado sobre qual seria a opinião de Villas Bôas sobre o regime militar
(1964-1985), Pimentel declarou que o comandante do Exército concorda com as
opiniões do Clube Militar e “assim como nós, entende que a estamos vivendo uma
nova fase [da história]. É um democrata, um sujeito sensato, equilibrado".
De acordo com a Folha, ao ser contatado através da assessoria de imprensa do
Exército, Villas Bôas não comentou as declarações de Pimentel. (Correio
Braziliense – Política – 08/01/15; Folha de S. Paulo – Poder – 08/01/15; Folha
de S. Paulo – Poder – 09/01/15; O Estado de S. Paulo – Política – 08/01/15)
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