De acordo com o periódico Correio
Braziliense, o autor Eric Nepomuceno lançou um livro intitulado “A memória
de todos” onde explora a diferente abordagem histórica que o Brasil teve ao
tratar de crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985) em comparação
aos demais países da América Latina. O autor selecionou Uruguai, Chile e
Argentina para demonstrar a importância do resgate histórico na construção do
presente nesses países, ao mesmo tempo em que crítica o Brasil, por ter criado
uma Comissão Nacional da Verdade, somente em 2011. Através do depoimento de
Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, o autor expõe a importância
em julgar os casos de violações de direitos humanos cometidos no período para,
assim, construir uma democracia. Nepomuceno, então, apresenta os casos
ocorridos no Uruguai, onde os chefes militares foram julgados e condenados
ainda na década de 1980, no Chile, que vivenciou três comissões da verdade de
1990 até 2004. Além disso, o caso excepcional da Argentina, onde os militares se
auto-anistiaram em 1983, sendo essa medida anulada pelo primeiro presidente que
assumiu após a redemocratização. O objetivo do livro foi, portanto, demonstrar
como o processo de memória e transição é importante para que países que
passaram por regimes militares, possam seguir adiante. (Correio Braziliense – Diversão e Arte –
13/04/15)
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