Em coluna de opinião
no jornal O Estado de S. Paulo, o ministro das Relações Exteriores, Mauro
Vieira, analisou os 70 anos da Organização das Nações Unidas (ONU) e a busca
pela paz. Segundo Vieira, a ONU foi fundada em meio aos escombros do maior
conflito da História – a Segunda Guerra Mundial – e foi concebida para
trabalhar em favor dos mais elevados ideais da comunidade internacional: a paz,
o respeito aos direitos humanos, o progresso e o bem-estar da humanidade. De
acordo com o ministro, o Brasil foi um dos 51 membros fundadores da ONU e sua
atuação sempre foi relacionada à busca de dois objetivos: a preservação da paz
e a promoção do desenvolvimento. Ele citou o discurso da presidenta da
República, Dilma Rousseff, na abertura da Assembleia-Geral da ONU, quando
assinalou que o país defende que “as políticas de desenvolvimento sejam, cada
vez mais, associadas às estratégias do Conselho de Segurança na busca por uma
paz sustentável”. Vieira relatou que o Brasil tem contribuído com a promoção
concreta da paz, pois nas dez vezes em que o país ocupou o assento não
permanente no Conselho de Segurança, trabalhou favorável à “solução pacífica
das controvérsias e da superação das causas profundas dos conflitos”, a exemplo
da exclusão política, social e econômica. O ministro recordou que, desde a
fundação da ONU, foram realizadas 69 operações de manutenção da paz, e dessas,
o Brasil participou de 40. Além disso, oficiais do Exército brasileiro exercem
hoje o comando militar das missões no Haiti (Minustah) e na República
Democrática do Congo (Monusco) e o comando naval da missão no Líbano (Unifil).
De acordo com Vieira, o Brasil se compromete a seguir atuando para fortalecer a
ONU e melhor prepará-la para enfrentar os desafios globais. Para ele, a
comunidade internacional não tem alternativa ao reforço do multilateralismo,
pois é por meio dele que os Estados poderão buscar soluções para os problemas
comuns. (O Estado de S. Paulo – Espaço Aberto – 26/06/15)
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