De acordo com o
periódico O Estado de S. Paulo, a compra de três conjuntos do sistema russo de
defesa antiaérea Pantsir S1 foi um dos assuntos tratados entre Brasil e Rússia
no encontro de dirigentes dos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul) ocorrido em Ufá, na Rússia, entre 08 e 09/07/2015.
Segundo o jornal, as negociações bilaterais entre Brasil e Rússia para a
aquisição do sistema de artilharia tiveram início em 2012 e há previsão de que
um contrato, estimado em 1,3 bilhão de dólares, seja assinado em 2016. Cada
força armada brasileira deverá receber uma bateria do sistema, equipado com
lançadores de mísseis e canhões de controle eletrônico, sendo cada conjunto
composto por seis carretas lançadoras semi-blindadas e veículos de apoio, como
carro de comando-controle, remuniciadores, radar secundário e unidade
meteorológica. Segundo o jornal, o equipamento é considerado muito moderno e
conta com radar de detecção com capacidade de localizar alvos “na cadência de
10 deles por minuto em uma área de 36,5 quilômetros”, com tempo de reação
estimado em 20 segundos. Os disparadores são carregados com 12 unidades do
míssil 57E6 e o sistema conta ainda com canhões de tiro rápido de 30 milímetros
com acessórios capazes de abater aeronaves entre 15 e 20 quilômetros de
distância à uma altura de 15 mil metros. Segundo o periódico, especialistas do
Ministério da Defesa acreditam que o preço final do contrato poderá ser
reduzido. Há previsão de que as entregas iniciais sejam feitas 18 meses após
assinatura do acordo. O periódico informou que alguns dos componentes do
Pantsir S1 poderão ser substituídos por peças feitas no Brasil. “As carretas de
tração integral, por exemplo, seriam trocadas pelo modelo 6×6 da Avibrás
Aeroespacial, da cidade de São José dos Campos, que utiliza os veículos no
conjunto Astros-2, lançador de foguetes livres.” O radar de campo também poderá
ser substituído pelo Saber M200, de 200 quilômetros de raio de ação, produzido
pela BraDar, subsidiária da Embraer Defesa e Segurança, o qual rastreia até 40
objetivos simultaneamente, priorizando a reação pelo grau de ameaça. As
negociações entre Brasil e Rússia poderão envolver ainda a encomenda de duas
baterias do míssil antiaéreo russo Igla, versão S/9K38, leve o suficiente para
ser disparado do ombro de um único soldado. (O Estado de S. Paulo – Política –
11/07/15)
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