sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ministro da Defesa se posiciona a favor da retirada da Força de Paz brasileira no Haiti

De acordo com o jornal Correio Braziliense, a retirada das tropas brasileiras do Haiti deverá ser uma das primeiras medidas a ser adotada pelo novo ministro da Defesa, Celso Amorim. Os custos para a manutenção das tropas, que ocupam o país desde junho de 2004, já somam mais de um bilhão de reais e incluem despesas com infra-estrutura, deslocamento, capacitação, entre outros. Caberia à Organização das Nações Unidas (ONU) o ressarcimento de parte desse valor. Porém, conforme veiculado pelo Correio, no relatório do Ministério da Defesa enviado à Câmara dos Deputados, o percentual compensatório enviado pela ONU ao longo desses seis anos, foi apenas cerca de 16,5% do montante total, valor considerado baixo pelas autoridades militares. Todavia, a discussão a respeito da retirada das tropas brasileiras não se pauta apenas nas questões orçamentárias, devendo levar em conta as questões políticas que envolvem a continuidade da missão tanto para o Haiti, quanto para o Brasil. De acordo com o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Pio Penna Filho, a saída das tropas não deve ser realizada de forma abrupta, mas mediante processo de transição. Segundo o periódico, entre os especialistas não há consenso sobre o assunto. Em coluna opinativa para o jornal Folha de S. Paulo, o jornalista Elio Gaspari afirmou que Amorim, ao se posicionar a favor da retirada das tropas brasileiras do Haiti, teria considerado o assunto por viés diplomático, referente ao Ministério das Relações Exteriores, e não do da Defesa. Para o jornalista, seria melhor que o atual ministro da Defesa, ao afirmar ser favorável à saída das tropas brasileiras do Haiti, dissesse concordar com Antônio Patriota, ministro das Relações Exteriores, ou seguir as orientações da presidente da República Dilma Rousseff. (Correio Braziliense – Política – 09/08/11; Folha de S. Paulo – Poder – 10/08/11)

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