segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Envio de contingente militar brasileiro para a MINUSTAH deve ser modificado devido à permanência de tropas no Rio de Janeiro

Conforme noticiado no jornal Folha de S. Paulo, o general Adriano Pereira Júnior, dirigente do Comando Militar do Leste (CML), afirmou que serão realizadas modificações no contingente militar a ser enviado para a Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH), devido a prorrogação da permanência de tropas nos complexos do Alemão e da Penha, localizados na cidade do Rio de Janeiro. A prorrogação em 8 meses a partir de outubro, implicará em alterações tais como: a ampliação do período de atuação dos militares no Haiti, a retirada gradual do contingente estabelecido nos complexos a partir de março de 2012 e a volta de militares que atuam na Missão e já estariam treinados para as operações no Rio. O Brasil, além de ser o responsável pelo comando militar da MINUSTAH, é também o país que contribui com o maior contingente militar nesta missão; entretanto, muitos acreditam que com a provável renovação do mandato da MINUSTAH, a partir de outubro de 2011, o Conselho de Segurança da ONU diminua o número das tropas na missão. De acordo com o general Luiz Eduardo Ramos Pereira, comandante militar da missão, a redução do contingente brasileiro poderá chegar a 18% (250 homens) até o final de 2012, devido, também, a melhorias nos índices de segurança do país caribenho. De acordo com Celso Amorim, ministro da Defesa, o Brasil deve iniciar o planejamento de retirada de suas tropas do Haiti. Durante o 4º Congresso do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-deputado José Genoino, atual assessor especial do Ministério da Defesa, confirmou a retirada de alguns batalhões segundo determinação da ONU, porém, afirmou que gostaria que saíssem 800 soldados ao invés de 250 e que as tropas brasileiras no Haiti visam a preservação de “direitos humanitários e civilizatórios”. Após a manifestação de repúdio dos presentes, Genoino retificou sua fala, retirando o vocábulo “civilizatórios”. (Folha de S. Paulo – Mundo – 03/09/11; Folha de S. Paulo – Poder – 05/09/11; Folha de S. Paulo – Mundo – 06/09/11)

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