segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Indústria de defesa I: grandes empresas brasileiras reforçam negócios na área de defesa e segurança

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, grandes grupos empresariais passaram a investir nos setores de defesa e segurança com o objetivo alavancar o mercado nacional brasileiro. O “renascimento” da indústria local de defesa tem sido estimulado pelo tendente crescimento econômico do país. Os reflexos desse processo podem ser percebidos com o incremento dos recursos destinados à defesa, a ampliação dos projetos e a elaboração da Estratégia Nacional de Defesa, em 2008, que prevê a priorização das companhias locais e a transferência de tecnologias, no caso dos equipamentos importados. De acordo com o periódico, como as empresas de destaque na área são de médio porte, grandes corporações decidiram somar esforços e passaram a investir pesado na área. Os grupos Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Embraer, Avibrás e Odebrecht decidiram reforçar seus negócios na esfera militar, buscando promover parcerias com empresas estrangeiras e investindo na geração de equipamentos e no desenvolvimento de tecnologias nacionais. No caso da Embraer, apesar de ser antigo seu envolvimento com os setores estratégicos, os investimentos nesse campo tornaram-se expressivos recentemente. Segundo dados divulgados pelo Estado, a área de defesa representa atualmente para empresa 13% de sua receita (em 2006 esse valor correspondia a 5%). Além de seu envolvimento no projeto governamental para construção avião cargueiro KC 390, a Embraer pretende integrar o Sistema de Segurança das Fronteiras (Sisfron), outro grande investimento na área. Já o presidente da Odebrecht, Roberto Simões, salientou que, apesar de as decisões serem “grandes apostas”, é preciso olhar com cautela para os investimentos realizados no campo da defesa e segurança, pois nunca se sabe se os projetos resistem às transições governamentais. Para ele, o desenvolvimento de estruturas dessa natureza é feito em longo prazo, devendo se constituir um plano de Estado e não apenas de governo. Conforme noticiado pelo jornal, além das empresas nacionais, o Brasil tem atraído, na área de defesa, investimentos de grandes grupos estrangeiros, como da Cassidian, empresa parte da multinacional européia EADS, que pretende instalar no país um centro de engenharia para o desenvolvimento de softwares de defesa e segurança. (O Estado de S. Paulo – Negócios – 12/09/11)

Nenhum comentário:

Postar um comentário