sábado, 10 de setembro de 2011

General nomeado para assumir o Dnit afirma ser contrário à participação do Exército em obras públicas

De acordo com o jornal Correio Braziliense, o general Jorge Ernesto Pinto Fraxe foi nomeado para assumir a Direção-Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Fraxe, ex-chefe do Departamento de Engenharia do Exército, realizou o mesmo procedimento de gestão que ocasionou na crise dos transportes no início de agosto de 2011. Ou seja, o general autorizou aditivos nos valores de obras em duas prefeituras e para as construções da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), totalizando um aumento de R$ 19,9 milhões nas obras. Além disso, permitiu o acréscimo de 14 prerrogativas a parcerias entre o Comando do Exército e Companhia Docas do Maranhão (Codomar). Antes de assumir o cargo de direitor-geral do Dnit, Fraxe seria sabatinado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado. O Correio entrou em contato com o Comando do Exército para esclarecimentos a respeito da autorização dos aditivos nas valores das obras, porém não obteve resposta até o dia 22/08/11. O órgão assessor do Exército afirmou que o general Fraxe não poderia se posicionar enquanto não passasse pela sabatina no Senado e sua futura aprovação no Dnit. Segundo informação veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo, Fraxe declarou que é necessário reduzir as atividades do Exército brasileiro em obras públicas. Afirmou ainda que o Exército tem participação ativa em cerca de 50 empreendimentos, mas deveriam ficar a cargo dos militares apenas obras de tamanho mínimo que assegurem a função das Forças Armadas a serviço da nação e, deste modo, os militares devem priorizar obras em áreas afastadas e de longo prazo, pois segundo Fraxe, não é missão do Exército competir com o mercado.  (Correio Braziliense – Política - 23/08/11; Folha de S. Paulo – Poder – 24/08/2011)

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