sábado, 10 de setembro de 2011

Editorial advoga reestruturação do programa espacial brasileiro

De acordo com o editorial do jornal Folha de S. Paulo, o programa espacial brasileiro deveria passar por uma revisão, visto que há entraves que impedem avanços na área. Conforme o jornal, na década de 1970, o país apresentava cenário promissor para o desenvolvimento do setor espacial, com o nascimento da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e os centros de pesquisa, em particular o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Na década seguinte, o Brasil estabeleceu a Missão Espacial Completa Brasileira, que previa o lançamento de quatro satélites carregados por foguetes nacionais, sob supervisão da Aeronáutica. Hoje, após três décadas, observa-se que os satélites foram lançados, todavia, utilizarambases estrangeiras. No governo de Itamar Franco (1992-1994) foi criada a Agência Espacial Brasileira (AEB) com o objetivo de administrar o fornecimento de instrumentos passíveis de utilização militar. Mais recentemente, sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011), o Brasil firmou parceria com a Ucrânia para o desenvolvimento do Cyclone-4, um lançador comercial que deverá colocar em órbita satélites de até duas toneladas. De acordo com a revista Pesquisa Fapesp, o Brasil, apesar de possuir grandes ambições no setor aeroespacial, investiu menos de R$ 150 milhões por ano nesta área, desde 1980. Embora em 2010 o orçamento destinado ao setor tenha sido de R$ 326 milhões, o país precisará investir ainda mais para atingir suas pretensões. Segundo Aloizio Mercadante, ministro da Ciência e Tecnologia, conjetura-se relançar o programa espacial, fundindo a AEB e o Inpe, de modo a unificar o braço civil. Entretanto, segundo o jornal, com as restrições orçamentárias, será necessário redefinir prioridades e a fim de que o programa logre êxito. (Folha de S. Paulo - Opinião - 27/08/11)

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