sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ministério da Defesa II: a posse do novo ministro

De acordo com os jornais Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a posse do ex-chanceler Celso Amorim como ministro da Defesa, ocorrida no dia 08/08/11, foi uma cerimônia breve, com pronunciamentos da presidente da República, Dilma Rousseff, e do novo ministro. A ausência de Nelson Jobim na solenidade foi tratada com cautela pela presidente, que não o mencionou em seu discurso. A justificativa apresentada pela assessoria de Jobim foi a de que ele estava com suspeitas de dengue em decorrência de viagem à Amazônia realizada na semana anterior. De acordo com os periódicos, Rousseff teceu elogios à atuação de Amorim como chanceler, ressaltando que a experiência adquirida será fundamental na condução das negociações bilaterais e na comercialização de equipamentos bélicos. Ao frisar que entre os princípios do Ministério da Defesa está o respeito à Constituição e sua submissão aos interesses nacionais, a presidente rebateu possíveis descontentamentos com a escolha de Amorim para o cargo. Em sua primeira declaração como ministro da Defesa, Celso Amorim reafirmou a importância em dar continuidade aos projetos atuais, como as negociações em torno da compra dos aviões de caça para o reaparelhamento das Forças Armadas. Além disso, o ministro julgou serem legítimas as reivindicações sobre aumento salarial exigidas pelos militares. Segundo o Estado, Amorim enfatizou ainda a necessidade de proteger os recursos naturais do país e a importância em reforçar a cooperação na área de defesa com países africanos. Para ele, a projeção brasileira no cenário internacional é incompatível com sua atual estrutura de defesa, a qual se encontra defasada em relação à primeira. O Correio Braziliense destacou que, ignorando o protocolo, Amorim teria iniciado seus trabalhos antes da solenidade de posse, se apresentando aos comandantes das Forças Armadas no dia 06/08/11, no Palácio do Planalto. Em reunião no dia 06/08/11 entre Rousseff e os comandantes das Forças Armadas, ficara estabelecido que os mesmo permanecerão nos respectivos cargos: Juniti Saito (Aeronáutica), Enzo Peri (Exército) e Júlio Moura Neto (Marinha), além de José Carlos de Nardi (chefe do Estado-Maior Conjunto). Dilma Rousseff pediu continuidade ao trabalho que já vinha sendo realizado por Jobim, e pediu atenção especial ao Plano Estratégico de Fronteiras, projeto que levará infra-estrutura aos municípios fronteiriços. Celso Amorim poderá contar com o suporte do assessor-especial do Ministério da Defesa, José Genoino, para que os atuais projetos não sejam prejudicados nem sofram atraso. Ainda segundo o periódico, para assegurar a confiança dos militares, o ministro deverá mostrar sua capacidade de influência sobre as diretrizes governamentais. (Correio Braziliense – Política – 07/08/11; Correio Braziliense – Política – 09/08/11; Folha de S. Paulo – Poder – 09/08/11; O Estado de S. Paulo – Nacional – 09/08/11)

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