segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Dilma discursa contra arsenal nuclear na ONU, enquanto pretende expandir usinas nucleares no Brasil

De acordo com o jornal Correio Braziliense, a presidente da República, Dilma Rousseff, defendeu no dia 22/09/11, na reunião de Alto Nível sobre Segurança Nuclear na Organização das Nações Unidas (ONU) a destruição de todo arsenal nuclear do mundo e também a fiscalização desse conjunto químico. Rousseff afirmou ”A segurança desse acervo militar nuclear merece tanta consideração quanto a dos materiais utilizados para fins pacíficos”. A presidente enfatizou que o poder da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se limita a utilização desta energia para fins pacíficos e que os arsenais nucleares militares escapam dos mecanismos multilaterais de fiscalização. Também chamou a atenção para a relação entre a crise econômica e os projetos de conservação e manuseio do material nuclear, argumentando que o “adiamento de programas de manutenção e modernização de ogivas, perda de pessoal qualificado são fatores de alto risco." Entretanto, o discurso de Rousseff não indica que o Brasil deixou de lado o uso da energia nuclear, pois a presidente reafirmou a construção da usina de Angra III. Sobre este assunto, o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional o Plano Plurianual (PPA) 2012 a 2015, em que estabelece a viabilidade e projeto de quatro usinas nucleares. De acordo com o jornal, o posicionamento do Brasil na AIEA vincula-se a quatro compromissos firmados de não adoção de armas nucleares, a Constituição Federal, um acordo com a Argentina e a AIEA, um tratado com países da América Latina e do Caribe e o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. (Correio Braziliense – Política – 23/09/11)

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