Segundo o colunista Jânio de Freitas, do
jornal Folha de S. Paulo, os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV)
deveriam se estender e permanecer institucionalmente no Brasil democrático.
Para ele, no prazo e circunstâncias adversas em que existiu, a CNV justificou
plenamente sua criação, e a comprovação de sua importância foi atestada no
relatório final da comissão, divulgado em 10/12/14. No entanto, Freitas
destacou que a comissão foi condicionada “pela inverdade burocrática de que as
verdades se sujeitam a prazos”. Também em coluna opinativa do periódico Folha
de S. Paulo, no dia 12/12/14, o jornalista Reinaldo Azevedo criticou a atuação
da CNV, ao definir que esta serviu a grupos ideológicos de pressão, intitulando-a
“comissão da mentira oficial”. De acordo com o jornalista, a CNV dedicou-se
apenas aos crimes ocorridos a partir de 1964, sendo que a lei estabelece a
investigação dos crimes perpetrados a partir de 1946. Azevedo afirmou ainda que
as mortes ocorridas em decorrência da ação das esquerdas armadas, chamadas por
Azevedo de “terroristas”, foram negligenciadas. A partir dessas afirmações, o
colunista declarou considerar o relatório final da CNV um “lixo moral”. Azevedo
afirmou que ainda que seja de auto anistia, a Lei 6.683 (1979) teve seu
fundamento incorporado pela Emenda Constitucional nº 26. Ademais, o jornalista
afirmou que a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que
condenou a Lei da Anistia brasileira, é uma “besteira”, diante da decisão do
STF, em 2010, de não revisá-la. (Folha de S. Paulo – Poder – 07/12/14; Folha de
S. Paulo - 12/12/14 - Poder)
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