terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Informe especial sobre o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV) - Colunas opinativas avaliam trabalho da CNV

Segundo o colunista Jânio de Freitas, do jornal Folha de S. Paulo, os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV) deveriam se estender e permanecer institucionalmente no Brasil democrático. Para ele, no prazo e circunstâncias adversas em que existiu, a CNV justificou plenamente sua criação, e a comprovação de sua importância foi atestada no relatório final da comissão, divulgado em 10/12/14. No entanto, Freitas destacou que a comissão foi condicionada “pela inverdade burocrática de que as verdades se sujeitam a prazos”. Também em coluna opinativa do periódico Folha de S. Paulo, no dia 12/12/14, o jornalista Reinaldo Azevedo criticou a atuação da CNV, ao definir que esta serviu a grupos ideológicos de pressão, intitulando-a “comissão da mentira oficial”. De acordo com o jornalista, a CNV dedicou-se apenas aos crimes ocorridos a partir de 1964, sendo que a lei estabelece a investigação dos crimes perpetrados a partir de 1946. Azevedo afirmou ainda que as mortes ocorridas em decorrência da ação das esquerdas armadas, chamadas por Azevedo de “terroristas”, foram negligenciadas. A partir dessas afirmações, o colunista declarou considerar o relatório final da CNV um “lixo moral”. Azevedo afirmou que ainda que seja de auto anistia, a Lei 6.683 (1979) teve seu fundamento incorporado pela Emenda Constitucional nº 26. Ademais, o jornalista afirmou que a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que condenou a Lei da Anistia brasileira, é uma “besteira”, diante da decisão do STF, em 2010, de não revisá-la. (Folha de S. Paulo – Poder – 07/12/14; Folha de S. Paulo - 12/12/14 - Poder)

            

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