terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Informe especial sobre o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV) - Coordenador da CNV considerou importante que as Forças Armadas reconheçam as violações aos direitos humanos ocorridas durante o regime militar

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Pedro Dallari, afirmou que, considerando a recente reivindicação de alguns setores da sociedade brasileira pela volta dos militares ao poder, as Forças Armadas deveriam reconhecer as violações aos direitos humanos ocorridas durante o regime militar (1964-1985). Dallari defendeu que o reconhecimento seria a melhor forma de se evitar que tais violações voltem a ocorrer no país. O coordenador afirmou que esse processo garantiria que as Forças Armadas solidificassem seu compromisso com a democracia como algo permanente, embora avaliou que hoje a instituição esteja comprometida com a democracia. Dallari afirmou que o não reconhecimento das violações aos direitos humanos durante o regime militar por parte das Forças Armadas revelam um certo “autismo”. De acordo com ele, a CNV “avançou muito no sentido de caracterizar que as graves violações não foram ações isoladas, não foram excessos, como gostam de falar, mas uma política de Estado concebida e operacionalizada pelas Forças Armadas”. Em coluna opinativa para o periódico Folha de S. Paulo, o filósofo Vladimir Safatle citou a entrega do relatório final da CNV, relacionando-a às recentes movimentações a favor de uma nova intervenção militar, as quais criticou por pedirem algo que destruiria o país, podendo ser consideradas um “crime por excelência”. (O Estado de S. Paulo – Política – 06/12/14) 

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