terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Advogada pediu reabertura da investigação sobre a morte de José Jobim

De acordo com o periódico O Estado de S. Paulo, a advogada Lygia Maria Jobim, conjuntamente com o Instituto João Goulart, entregou no dia 24/11/14 à Procuradoria da República um pedido de abertura de inquérito civil, com o objetivo de averiguar as circunstâncias da morte do ex-embaixador José Jobim, seu pai, no período do regime militar (1964-1985). José Jobim foi encontrado morto, preso a uma corda, na cidade do Rio de Janeiro, em 1979. O inquérito policial divulgado na época afirmou que houve suicídio. Em revisão, em 1983, a promotora Telma Musse manteve o veredicto, que foi alterado para homicídio por autor desconhecido em 1985, levando ao arquivamento do processo. Lygia Jobim afirmou que o ex-embaixador havia anunciado que denunciaria casos de corrupção na construção da usina de Itaipu, no Paraná, uma semana antes de sua morte, e que Jobim estava envolvido na compra das turbinas de Itaipu durante o mandato do presidente João Goulart (1961-1964). Segundo a Folha de S. Paulo, durante a posse do ex-presidente João Figueiredo, Jobim comentara que escreveria um livro a partir de documentos que ele reuniu sobre a corrupção na construção da usina. Ainda de acordo com Folha, com o início do regime militar, em 1964, o projeto de Itaipu foi alterado, e as turbinas que nos planos de Goulart viriam da União Soviética, foram compradas de uma empresa da Alemanha, o que fez com que os custos da obra se multiplicassem. A advogada afirmou que não deseja ser indenizada pela morte de seu pai, mas busca “reconhecimento de responsabilidade”. (O Estado de S. Paulo – Política – 25/11/14; Folha de S. Paulo – Política – 26/11/14)

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