De
acordo com o periódico O Estado de S. Paulo, a advogada Lygia Maria Jobim,
conjuntamente com o Instituto João Goulart, entregou no dia 24/11/14 à
Procuradoria da República um pedido de abertura de inquérito civil, com o
objetivo de averiguar as circunstâncias da morte do ex-embaixador José Jobim,
seu pai, no período do regime militar (1964-1985). José Jobim foi encontrado
morto, preso a uma corda, na cidade do Rio de Janeiro, em 1979. O inquérito
policial divulgado na época afirmou que houve suicídio. Em revisão, em 1983, a
promotora Telma Musse manteve o veredicto, que foi alterado para homicídio por
autor desconhecido em 1985, levando ao arquivamento do processo. Lygia Jobim
afirmou que o ex-embaixador havia anunciado que denunciaria casos de corrupção
na construção da usina de Itaipu, no Paraná, uma semana antes de sua morte, e
que Jobim estava envolvido na compra das turbinas de Itaipu durante o mandato
do presidente João Goulart (1961-1964). Segundo a Folha de S. Paulo, durante a
posse do ex-presidente João Figueiredo, Jobim comentara que escreveria um livro
a partir de documentos que ele reuniu sobre a corrupção na construção da usina.
Ainda de acordo com Folha, com o início do regime militar, em 1964, o projeto
de Itaipu foi alterado, e as turbinas que nos planos de Goulart viriam da União
Soviética, foram compradas de uma empresa da Alemanha, o que fez com que os
custos da obra se multiplicassem. A advogada afirmou que não deseja ser indenizada
pela morte de seu pai, mas busca “reconhecimento de responsabilidade”. (O
Estado de S. Paulo – Política – 25/11/14; Folha de S. Paulo – Política –
26/11/14)
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