domingo, 10 de junho de 2012

Após entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação jornal encontra dificuldade ao fazer pedidos por documentos

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério da Defesa recusou-se a responder a pedidos do jornal, feitos no dia 16/05/12, a fim de obter informações sobre os 41 guerrilheiros presos e fuzilados na Guerrilha do Araguaia (1972-1975), o atentado ao Riocentro (1981) e a morte do jornalista Vladimir Herzog (1975). Os pedidos foram feitos quando a Lei de Acesso à Informação entrou em vigor, entretanto, sobre a Guerrilha do Araguaia, O Estado afirmou que recebeu a resposta de que não foram encontrados documentos sobre o assunto, sendo que em 1993 as Forças Armadas teriam entregado ao então ministro da Justiça, Maurício Corrêa, um dossiê contendo informações sobre os guerrilheiros. O jornal criticou a “má vontade” do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) do ministério em responder aos pedidos de informação, lembrando ainda que em 2008 foi entregue ao militar da reserva José Vargas Jimenez um relatório sobre sua atuação na Guerrilha do Araguaia, incluindo informações coletadas no arquivo que o SIC afirma não existir. Caso parecido ocorreu com a busca de documentos sobre Herzog. O periódico apontou as contradições no discurso militar, que afirma a inexistência de registros sobre o período do regime militar (1964-1985), além de contradições em anúncios da Aeronáutica sobre a data e o local da queima dos documentos. Para o ativista do Movimento Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, “é mentira dizer que os arquivos não existem. Uma das primeiras missões da Comissão da Verdade é bater a porta dos quartéis e pendurar o bilhete no pescoço do tigre”. O Estado ainda destacou que o SIC do Ministério da Defesa pretende contabilizar como "respostas" as comunicações de inexistência de dados.  (O Estado de S. Paulo – Nacional – 27/05/12)

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