terça-feira, 16 de setembro de 2014

Militares evitaram depor à Comissão Nacional da Verdade

Segundo o periódico Folha de S. Paulo, o tenente da reserva José Conegundes do Nascimento se negou a comparecer para depor à Comissão Nacional da Verdade (CNV) sobre sua participação na Guerrilha do Araguaia (1972-1974). O tenente afirmou, em resposta escrita, que não compareceu por não colaborar “com o inimigo” e declarou à CNV que “se virem”. A Comissão optou por não acionar a Polícia Federal contra Nascimento, devido a dúvidas levantadas sobre sua sanidade. Além de Nascimento, outros quatro militares deporiam no dia 08/09/14, dos quais três apresentaram atestados médicos, incluindo o coronel da reserva Sebastião Rodrigues de Moura, conhecido como Curió, um dos chefes da repressão aos guerrilheiros do Guerrilha do Araguaia. O jornal ressaltou que Moura já havia alegado problemas de saúde em outra ocasião, evitando depor à CNV. Somente o general de brigada Ricardo Agnese Fayad compareceu, porém permaneceu em silêncio. De acordo com a Folha, militares acusados de cometer crimes durante o regime militar (1964-1985) acordaram em  manter silêncio durante os depoimentos à CNV. Pedro Dallari, coordenador da Comissão, afirmou que o silêncio é estimulado pela recusa das Forças Armadas em reconhecer a prática de tortura e morte durante o regime. (Folha de S. Paulo – Poder – 09/09/14)

Nenhum comentário:

Postar um comentário