Segundo
o periódico Folha de S. Paulo, o tenente da reserva José Conegundes do Nascimento
se negou a comparecer para depor à Comissão Nacional da Verdade (CNV) sobre sua
participação na Guerrilha do Araguaia (1972-1974). O tenente afirmou, em
resposta escrita, que não compareceu por não colaborar “com o inimigo” e
declarou à CNV que “se virem”. A Comissão optou por não acionar a Polícia
Federal contra Nascimento, devido a dúvidas levantadas sobre sua sanidade. Além
de Nascimento, outros quatro militares deporiam no dia 08/09/14, dos quais três
apresentaram atestados médicos, incluindo o coronel da reserva Sebastião
Rodrigues de Moura, conhecido como Curió, um dos chefes da repressão aos
guerrilheiros do Guerrilha do Araguaia. O jornal ressaltou que Moura já havia
alegado problemas de saúde em outra ocasião, evitando depor à CNV. Somente o general
de brigada Ricardo Agnese Fayad compareceu, porém permaneceu em silêncio. De
acordo com a Folha, militares acusados de cometer crimes durante o regime
militar (1964-1985) acordaram em manter
silêncio durante os depoimentos à CNV. Pedro Dallari, coordenador da Comissão,
afirmou que o silêncio é estimulado pela recusa das Forças Armadas em
reconhecer a prática de tortura e morte durante o regime. (Folha de S. Paulo –
Poder – 09/09/14)
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