De
acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o historiador Márcio Scalercio lançou,
no dia 16/09/14, no Centro Cultural Justiça Federal, na cidade do Rio de
Janeiro, um livro sobre a história do jurista Heráclito Fontoura Sobral Pinto.
Segundo o periódico, Sobral Pinto foi preso em 1968, mas devido ao “acúmulo de
quatro décadas de sua destacada trajetória como advogado”, recebeu grande apoio
e sua soltura foi ordenada pelo então presidente da República, Artur da Costa e
Silva, três dias depois. A Folha relembrou que, embora favorável à tomada de
poder pelos militares em 1964, Sobral Pinto rompeu com o governo militar quando
foi decretado o Ato Institucional nº1 (AI-1).
O jurista escreveu ao então presidente da República, Humberto de Alencar
Castelo Branco, afirmando que o AI-1 varria “do seio da nossa pátria não apenas
o regime democrático mas também a própria dignidade do cidadão brasileiro”.
Entre as pessoas defendidas por Sobral Pinto durante sua carreira destacam-se
diversos presos políticos durante o regime militar (1964-1985) e também nomes
importantes no cenário nacional, como o ex-presidente da República Juscelino
Kubitchek e o jornalista Carlos Lacerda. Segundo Scalercio, talvez Sobral Pinto
“tenha sido uma das primeiras pessoas do campo político conservador a perceber
a natureza do golpe em curso e do que viria depois”. O jornal lembrou que o jurista fez sua última
atuação como advogado aos 96 anos, quando defendeu um primeiro-tenente punido
por passar cheque sem fundo. (Folha de S. Paulo – Poder – 13/09/14)
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