Marcos de Paula, Estadão. Busto foi colocado em praça diante de quartel onde Rubens Paiva foi torturado. O Estado de S. Paulo, 13 set 2014.
Segundo
o periódico O Estado de S. Paulo, um busto de bronze do ex-deputado Rubens
Paiva foi instalado em frente ao 1º Batalhão de Polícia do Exército, na cidade
do Rio de Janeiro, onde funcionou um dos principais centros de tortura do
regime militar (1964-1985), o Departamento de Operações de Informações - Centro
de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Segundo o periódico, o busto foi
colocado de costas para o local. Uma homenagem foi realizada no dia 12/09/14
pelo Sindicato dos Engenheiros e reuniu cerca de 100 pessoas na praça Lamartine
Babo. Durante o evento, manifestantes pediram a abertura de arquivos do regime
militar e clamaram “tortura nunca mais”. No início da cerimônia foi transmitido
um depoimento de Paiva à Rádio Nacional no dia da tomada de poder pelos
militares em 1964, no qual o então parlamentar conclamou os trabalhadores e
universitários da cidade de São Paulo a realizarem uma greve geral em
solidariedade ao ex-presidente da República João Goulart. Segundo a filha do
ex-deputado, Vera Paiva, “o desaparecimento é uma forma de tortura também,
assumida pelo aparato militar, que continua acontecendo até hoje”. Vera Paiva
afirmou que há muitas outras histórias a serem contadas e que gostaria que “esse
ato fosse o início do resgate da memória, da transformação desse espaço em um
museu, como a Comissão da Verdade do Rio (CEV-Rio) reivindica”. Segundo O
Estado, o primeiro tribunal brasileiro a reconhecer os assassinatos e
desaparecimentos ocorridos durante o regime militar como crimes contra a
humanidade foi o Tribunal Regional Federal, no dia 10/09/14. (O Estado de S.
Paulo – Política –13/09/14)
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