terça-feira, 23 de setembro de 2014

Busto de Rubens Paiva foi inaugurado

Marcos de Paula, Estadão. Busto foi colocado em praça diante de quartel onde Rubens Paiva foi torturado. O Estado de S. Paulo, 13 set 2014.

Segundo o periódico O Estado de S. Paulo, um busto de bronze do ex-deputado Rubens Paiva foi instalado em frente ao 1º Batalhão de Polícia do Exército, na cidade do Rio de Janeiro, onde funcionou um dos principais centros de tortura do regime militar (1964-1985), o Departamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Segundo o periódico, o busto foi colocado de costas para o local. Uma homenagem foi realizada no dia 12/09/14 pelo Sindicato dos Engenheiros e reuniu cerca de 100 pessoas na praça Lamartine Babo. Durante o evento, manifestantes pediram a abertura de arquivos do regime militar e clamaram “tortura nunca mais”. No início da cerimônia foi transmitido um depoimento de Paiva à Rádio Nacional no dia da tomada de poder pelos militares em 1964, no qual o então parlamentar conclamou os trabalhadores e universitários da cidade de São Paulo a realizarem uma greve geral em solidariedade ao ex-presidente da República João Goulart. Segundo a filha do ex-deputado, Vera Paiva, “o desaparecimento é uma forma de tortura também, assumida pelo aparato militar, que continua acontecendo até hoje”. Vera Paiva afirmou que há muitas outras histórias a serem contadas e que gostaria que “esse ato fosse o início do resgate da memória, da transformação desse espaço em um museu, como a Comissão da Verdade do Rio (CEV-Rio) reivindica”. Segundo O Estado, o primeiro tribunal brasileiro a reconhecer os assassinatos e desaparecimentos ocorridos durante o regime militar como crimes contra a humanidade foi o Tribunal Regional Federal, no dia 10/09/14. (O Estado de S. Paulo – Política –13/09/14)

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