terça-feira, 17 de junho de 2014

Segurança na Copa do Mundo IV: presença de militares incomoda delegações e civis

De acordo com o jornal Correio Braziliense, as delegações da Colômbia e da Alemanha se mostraram incomodadas com a forte presença de militares nos locais utilizados pelos atletas. A seleção da Colômbia exigiu a retirada de militares que faziam a segurança no Centro de Treinamento do São Paulo, na cidade de Cotia, em São Paulo. Os militares deixaram o local no mesmo dia.  A seleção da Alemanha, por sua vez, se mostrou incomodada com a presença dos militares no resort projetado para hospedá-los. Segundo o jornal, as delegações receiam que os homens das Forças Armadas representem um elemento de pressão para os jogadores ou mesmo que os militares possam analisar a tática dos treinamentos e passar informações a respeito das seleções. A resistência à presença dos militares não agradou as Forças Armadas, sendo que em um dos casos o comando chegou a instruir os militares a fazerem a segurança mesmo após as reclamações dos estrangeiros. Os militares ainda atuaram fora dos locais onde as equipes devem treinar, fazendo varreduras para verificar a presença de agentes químicos, biológicos, radioativos e nucleares. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a presença de militares armados reforçando a proteção no quarteirão do hotel que abriga a seleção de futebol dos Estados Unidos incomodou civis que frequentam a região. De acordo com depoimento de moradores, uma rua foi bloqueada e havia um caminhão do Exército na área. O jornal destacou ainda que as mochilas de todos os jornalistas foram revistadas no Centro de Treinamento do São Paulo, enquanto cerca de 25 policiais e dez homens do Exército vigiavam o local.  De acordo com o Correio, o Ministério da Defesa escalou 57 mil militares, sendo 40% destes do plano de contingência específico para atuar em situações de crise. Os militares devem atuar em conjunto com as polícias nos centros de treinamento, em hotéis e nas rotas de acesso aos estádios, sendo responsáveis pela proteção de chefes de Estado, do espaço aeroespacial, da defesa cibernética, do contraterrorismo e de estruturas estratégicas. (Correio Braziliense – Política – 10/06/14; Folha de S. Paulo – Esporte – 10/06/14)

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