De
acordo com o jornal Correio Braziliense, as delegações da Colômbia e da
Alemanha se mostraram incomodadas com a forte presença de militares nos locais
utilizados pelos atletas. A seleção da Colômbia exigiu a retirada de militares
que faziam a segurança no Centro de Treinamento do São Paulo, na cidade de
Cotia, em São Paulo. Os militares deixaram o local no mesmo dia. A seleção da Alemanha, por sua vez, se
mostrou incomodada com a presença dos militares no resort projetado para
hospedá-los. Segundo o jornal, as delegações receiam que os homens das Forças
Armadas representem um elemento de pressão para os jogadores ou mesmo que os
militares possam analisar a tática dos treinamentos e passar informações a
respeito das seleções. A resistência à presença dos militares não agradou as
Forças Armadas, sendo que em um dos casos o comando chegou a instruir os
militares a fazerem a segurança mesmo após as reclamações dos estrangeiros. Os
militares ainda atuaram fora dos locais onde as equipes devem treinar, fazendo
varreduras para verificar a presença de agentes químicos, biológicos,
radioativos e nucleares. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a presença de
militares armados reforçando a proteção no quarteirão do hotel que abriga a
seleção de futebol dos Estados Unidos incomodou civis que frequentam a região.
De acordo com depoimento de moradores, uma rua foi bloqueada e havia um
caminhão do Exército na área. O jornal destacou ainda que as mochilas de todos
os jornalistas foram revistadas no Centro de Treinamento do São Paulo, enquanto
cerca de 25 policiais e dez homens do Exército vigiavam o local. De acordo com o Correio, o Ministério da
Defesa escalou 57 mil militares, sendo 40% destes do plano de contingência
específico para atuar em situações de crise. Os militares devem atuar em
conjunto com as polícias nos centros de treinamento, em hotéis e nas rotas de
acesso aos estádios, sendo responsáveis pela proteção de chefes de Estado, do
espaço aeroespacial, da defesa cibernética, do contraterrorismo e de estruturas
estratégicas. (Correio Braziliense – Política – 10/06/14; Folha de S. Paulo –
Esporte – 10/06/14)
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