De
acordo com O Estado de S. Paulo, o Partido dos Trabalhadores (PT) incluiu no
documento que apresentou as diretrizes de seu programa de governo, aprovado dia
26/05/14 pela Executiva Nacional, a defesa da revisão da Lei da Anistia (1979).
O jornal avaliou que o ato pretende pressionar a presidenta da República, Dilma
Rousseff, a rever a lei num eventual segundo mandato, além de fazer com que o
tema seja debatido durante sua campanha eleitoral. O partido declarou que a
punição dos crimes praticados por agentes do Estado durante o regime militar
(1964-1985) ajudaria a impedir a continuidade de práticas semelhantes “nas
Forças Armadas e de segurança, na justiça e no sistema prisional, na
criminalização dos movimentos sociais e na discriminação contra camadas
populares”. Segundo o jornal, o PT começou a defender mais fortemente o tema
após a instalação da Comissão Nacional da Verdade. No entanto, essa orientação
é contrária às declarações da própria presidenta em um evento no começo de
2014, no qual afirmou reconhecer e valorizar os pactos políticos que levaram o
país à redemocratização. De acordo com o jornal, o Supremo Tribunal Federal
analisou a Lei da Anistia em 2010 e optou por mantê-la original. No dia
30/05/14, o periódico Folha de S. Paulo noticiou que o assessor especial da
Presidência, Marco Aurélio Garcia, declarou não ter incluído a revisão da Lei
da Anistia (1979) “na versão inicial das diretrizes do partido como contribuição
à elaboração do programa de governo em um eventual segundo mandato de Dilma
Rousseff”, pois a temática não é consensual entre os membros do partido. (Folha de S. Paulo – Poder – 30/05/14; O
Estado de S. Paulo – Política – 28/05/14)
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