Segundo o jornal Folha de S. Paulo, 97% dos
atuais oficiais-generais das Forças Armadas brasileiras ingressaram na carreira
durante o regime militar (1964-1985). Os dados foram obtidos pela Folha através
da Lei de Acesso à Informação. A ascensão ao posto de general exige bom
desempenho acadêmico, a ocupação de cargos de relevo e a aprovação unânime dos
integrantes do Alto Comando, segundo a lei 5.821, de 1972. De acordo com o
jornal, a profissionalização da carreira militar levou à perpetuação da linha
ideológica dos generais que promoveram a tomada de poder em 1964. Para o
cientista político do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal
Fluminense, Eurico de Lima Figueiredo, “a formação doutrinária, o
corporativismo e a transição relativamente tranquila para a democracia”
justificam a perspectiva complacente dos militares sobre o regime que
lideraram. (Folha de S. Paulo – Poder – 13/04/14)
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