quarta-feira, 16 de abril de 2014

Jornalista relatou sua percepção sobre o regime militar

Em coluna opinativa para o jornal O Estado de S. Paulo, o filósofo e jornalista Fernão Lara Mesquita afirmou que a tomada de poder de 1964 foi a forma encontrada pelos militares de barrarem o avanço comunista que acontecia na época pela polarização da Guerra Fria (1945-1991). Segundo Mesquita, a intenção do primeiro governo militar era “limpar a área” da corrupção e devolver o governo aos civis, entretanto essa intenção mudou com o Ato Institucional n° 2, que extinguiu partidos políticos, interferiu no Poder Judiciário e tornou indireta a eleição para presidente da República. Mesquita defendeu que a repressão só surgiu a partir  do “19º assassinato cometido pela esquerda armada”, o que levou o governo militar a instaurar o Ato Institucional n° 5, que endureceu o regime nos anos seguintes. Para Mesquita o Brasil vivia em uma guerra, o que segundo ele é “a suspensão completa da racionalidade e do respeito à dignidade humana”.  (O Estado de S. Paulo - Opinião - 07/04/14)

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