Em
coluna opinativa para o jornal O Estado de S. Paulo, o filósofo e jornalista
Fernão Lara Mesquita afirmou que a tomada de poder de 1964 foi a forma
encontrada pelos militares de barrarem o avanço comunista que acontecia na
época pela polarização da Guerra Fria (1945-1991). Segundo Mesquita, a intenção
do primeiro governo militar era “limpar a área” da corrupção e devolver o governo
aos civis, entretanto essa intenção mudou com o Ato Institucional n° 2, que
extinguiu partidos políticos, interferiu no Poder Judiciário e tornou indireta
a eleição para presidente da República. Mesquita defendeu que a repressão só
surgiu a partir do “19º assassinato
cometido pela esquerda armada”, o que levou o governo militar a instaurar o Ato
Institucional n° 5, que endureceu o regime nos anos seguintes. Para Mesquita o
Brasil vivia em uma guerra, o que segundo ele é “a suspensão completa da racionalidade
e do respeito à dignidade humana”. (O
Estado de S. Paulo - Opinião - 07/04/14)
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