De
acordo com os periódicos Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de
S. Paulo, a Operação Rio IX deu início, no dia 30/03/14, à ocupação do Complexo
de favelas da Maré, na cidade do Rio de Janeiro. A primeira fase da ocupação
contou com cerca de 1200 homens das Polícias Militar (PM) e Civil e 250
fuzileiros navais da Marinha, que contaram com o apoio de 4 helicópteros e 21
blindados. A operação iniciou-se às 5 horas da manhã e encerrou-se 15 minutos
depois. Já a segunda fase da operação, iniciou-se na manhã do dia 05/04/14, com
a entrada de 2500 homens do Exército, entre eles 2050 paraquedistas e com os
fuzileiros navais que já se encontravam no local, para assumir a posição das
forças de segurança pública do estado do Rio de Janeiro, sob o comando do
general Roberto Escoto, comandante da Brigada de Infantaria Paraquedista.
Segundo dois oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais ouvidos pelo Estado, a
facilidade em concluir a primeira fase da operação foi resultado da estratégia
de mínimo dano adotada: a divulgação da ação permitiu aos traficantes deixar a
favela antes da ocupação, evitando resistência e tiroteio. Conforme a
Secretaria de Segurança Pública, na primeira semana de operação 118 pessoas
foram detidas e 450 quilogramas de drogas foram apreendidas juntamente com
grandes quantidades de armamentos. De acordo com as agências de inteligência três
chefes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), que atuavam na região, teriam
fugido alguns dias antes da ocupação para o Paraguai. Apesar da falta de
resistência e da fuga dos traficantes, as Forças Armadas receberam informações
dos serviços de inteligência de que o comando do tráfico planejou uma
retaliação às tropas que assumiram a ocupação. Tendo como alvo principal os
caminhões de transporte de militares que não são blindados, o que gerou uma
preocupação com a quantidade de explosivos desviados de mineradoras para
utilização em roubos a caixas eletrônicos. Segundo O Estado, Sérgio Cabral,
então governador do estado do Rio de Janeiro, queria que as Forças Armadas
permanecessem na ocupação até o fim do ano de 2014, quando estão programadas as
eleições, mas o governo federal decidiu que os militares ficarão até o fim da
Copa do Mundo, no dia 31/07/14. O ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou a
diretiva que determina o emprego das tropas em missão de Garantia da Lei e da
Ordem (GLO), permitindo assim que as Forças Armadas efetuem prisões em
flagrante e façam patrulhamento e vistorias. A Brigada Paraquedista da cidade
do Rio de Janeiro tem apoio de batalhões e brigadas de outras regiões, como as
brigadas da cidade de Goiânia, no estado de Goiás, e a da cidade de Campinas,
em São Paulo. (Correio Braziliense – Brasil – 31/03/14; Folha de S. Paulo –
Cotidiano – 30/03/14; Folha de S. Paulo – 31/03/14; Folha de S. Paulo –
Cotidiano – 04/04/14; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 29/03/14; O Estado de
S. Paulo – Metrópole – 31/03/14; O Estado de São Paulo – Metrópole – 02/04/14)
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